quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os melhores pneus

Hoje estava fazendo o que faço melhor: estava ouvindo rádio, e não podia evitar uma propaganda pela marca Bridgestone/Firestone de pneus. Os primeiros elementos (a Bridge e o Fire, respetivamente) foram até bem pronunciados. A dificuldade veio no final. O locutor (e ele não é o único) pronuciou a vogal como se fosse o "u" de but. Acontece que o "o" que leva ênfase (secundário) aqui, não tem um som mais dois: é o diftongo o-u. Começa com o e termina em u. Ou seja, a pronúncia preferíve seria BRIDG stoun FAYR stoun. Não esqueça de não colocar um "e" antes de "stoun", corra para a loja, corrija o vendedor, e leve seu desconto. Ou talvez um quinto pneu de brinde.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Headhunters

HEAD hunter - quem caça cabeças
head HUNTER - o caçador em chefe

Esses dias, ouvi o comentário do Max Gehringer na CBN sobre a atuação desses caçadores de talentos corporativos. É mais uma palavra inglesa (até me atreveria a dizer americana) que entrou para ficar na linguagem do business brasileiro. Originalmente, o termo se referia aos índios que cortavam as cabeças dos inimigos e usavam-nas para embelezar suas residências. Headhunters (ao pé da letra, caçadores de cabeças) são aqueles agentes que recrutam executivos do mais alto padrão para empresas querendo o melhor gerenciamento possível sem olhar o valor do salário, quase sempre altíssimo.

O headhunter que nos interessa emfatiza a primeira parte desta palavra composta. A pronúncia correta é HEAD hunter. Aqui, emfatizamos o elemento mais importante: trata-se de um caçador de CABEÇAS. Esta ênfase não é natural para quem fala português. A tendência do brasileiro seria dizer head HUNTER. Esta pronúncia existe em inglês mas não indica o recrutador de cabeças brilhantes. Vira duas palavras (head HUNTER) e significa "caçador chefe" ou "caçador principal". Agora se pode objetar que, na maioria das vezes, essa diferença não importa muito e que o contexto toma conta de dar o significado adequado. Mas não deixa de soar estranho no ouvido do falante nativo, ou semi-nativo, de inglês.

E convenhamos, não tem como um inglês mal falado para afugentar o assedio dos headhunters da vida.