sábado, 25 de agosto de 2012

Manteiga de amendoim - paixão nacional americana

Peanut butter
PeanutButter.jpg


Às vezes, perguntam-me de que sinto falta aqui no Brasil.  Essa pergunta é difícil, após tantos anos aqui e uma adaptação tranquila.  Mas sempre vem à mente algum alimento difícil ou impossível de encontrar aqui:  framboesas frescas, suco geladinho de damasco, cerejas in natura ou recheando tortas, comida mexicana ---- e peanut butter.  Para quem não conhece, peanut butter (ao pé da letra: manteiga de amendoim) é tudo de bom.   Como explica Wikipedia,
manteiga de amendoim é feita apenas de amendoins cozidos ou torrados e moídos até virar pasta, e alguns emulsionantes, não contém quaisquer vestígios de lacticínios. Pode ser preparada em casa mas usualmente é encontrada industrializada e pronta para o consumo, normalmente com pão e geléia doce.   
Infelizmente para os apreciadores, na sua forma tipicamente americana, a manteiga de amendoim é difícil de encontrar no Brasil. Amendocrem, um creme de amendoim que leva doce de leite, lembra um pouco peanut butter mas é danado de doce, o que o torna intragável, pelo menos para mim.  Daí a necessidade de procurar o produto importado.   Num conhecido empório aqui de Goiânia, encontrei duas qualidades do produto, smooth macio e crunchy crocante, com pedacinhos de amendoim, mas depois do frete, custo Brasil e margem de lucro (elevada), o importado sai muito caro, e frequentemente a marca é desconhecida.  Lá nos Estados Unidos, os peanut butters mais famosos são Jif, Peter Pan e Skippy, todas bem industrializadas e enriquecidas (?) de açucar e  gordura trans. Hoje em dia, existem manteigas de amendoim com gorduras e/ou calorias reduzidas para limitar um pouco os malefícios do produto.  A peanut butter de verdade, feita só de amendoins e óleo vegetal, se separa em óleo e pasta no vidro.  É necessário misturá-la para poder espalhá-la no pão.

 Até há bem pouco tempo, eu sempre dependia da boa vontade de turistas voltando dos Estados Unidos para muito de vez em quando me deliciar com este sabor da minha infância.  Mas descobri que a manteiga de amendoim caseira é gostosa, de fato melhor do que o produto industrializado, relativamente barata, e fácil de fazer.   Esta receita é de Fabiana Dias http://tudogostoso.uol.com.br/receita/26013-pasta-de-amendoim-peanut-butter.html#recipe-comments


Ingredientes:
  • 2 xícaras de chá de amendoim torrado e moído
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 1/2 xícara de chá de óleo de amendoim, girassol ou milho
  • 4 colheres de sopa bem cheia de margarina
  • 1/2 lata de doce de leite pronto
  • 2 colheres de sopa de chocolate em pó (opcional)

MODO DE PREPARO


  1. Leve todos os ingredientes à batedeira e bata em alta velocidade por 5 minutos
  2. Leve à geladeira por 12 horas
  3. Pode - se levar o amendoim inteiro com pele ao forno médio para torrar, sem deixar tostar
  4. Depois bater no liquidificador
Informaçães Adicionais
  • Obs.: substitui a margarina ou manteiga no café da manhã.      
































 Posso acrescentar que minha mulher, a culinarista Mab Davilla Roberts, fez peanut butter para mim com um pouquinho de sal,  e sem óleo (o próprio amendoim  é bastante oleoso) e com só uma pitadinha de açucar, e  ficou muito gostosa.. O doce de leite só é necessário para quem gosta de Amendocrem.

Aqui você tem outra receita, desta vez em inglês, de um site de saúde para crianças.  Uma versão audio  acompanha.

http://kidshealth.org/kid/recipes/recipes/peanut_butter.html

Se você se aventurar a experimentar este alimento tipicamente americano, eu quero ouvir seus comentários.  Será que brasileiro compraria manteiga de amendoim de verdade?  Talvez haja uma oportunidade de negócios para alguém aqui.

domingo, 19 de agosto de 2012

You tem plural?


File:Florence-yall.jpg

You é no mínimo um pronome ambíguo.  Não existe nenhuma diferenciação formal entre o singular e o plural, nem entre o formal e o familiar desde o desaparecimento da segunda pessoa singular thou no século 16. (Thou continua a ser usado na Bíblia e outros contextos religiosos, porém).  A situação se resume assim:

tu                you
vós             you
você, ocê, cê           you
vocês         you
O sr.           you
os srs.        you  
A sra.         you
As sras      you
Vossa Excelência        you
Vossas Excelências     you
O George   you  (falando diretamente comigo: muito comum em Portugal)
Se               you   (nem sempre, mas bastante)

E esses pronomes são apenas os subjetivos.  Tem um mundo de opções para objetos do verbo ou da preposição:  Eu falei para você!  Eu te falei!  Falei-lhe!  Falei-lhes! Falá-lhe-ia!  Falei para o George que...
É para ti.  É para a senhora.  É pro cês (goianês).   Acho que os senhores já sentiram o drama da situação.  


Por um lado, a coisa é muito fácil.  Uma única forma numa língua faz as vezes de pelo menos vinte em outra.    Mas se você ( o senhor,  tu, etc) sente a vontade ou a necessidade de fazer alguma distinção em português que não existe em inglês?  Aí vossa excelência vai chegar à conclusão que inglês é muito pobre em  pronomes.  Mas o anglófono se faz entender sem essa riqueza de recursos.  Vamos ver como ele consegue.

A segunda pessoa plural = you people, you folks, you guys, y'all


Quando tem mais de uma pessoa além de você, você precisa dispor de algum jeito de mostrar que está falando com uma pessoa ou com várias.  Em português, se lança mão da distinção você/ vocês, etc.  Em inglês, você acrescenta algum substantivo para mostrar o plural.   O plural mesmo, yous, de fato existe em alguns dialetos de inglês - eu ligo esta forma à fala de gângsteres em filmes dos anos 30, mas ninguém que eu conheço a usa.

Vocês querem ir no cinema hoje à noite?  Do you guys/you people/you folks/ y'all want to go to the movies tonight?   Guy no singular é um cara, bem masculino.  No plural you guys, no entanto, esta forma pode se referir a um grupo misto ou até mesmo a um grupo de mulheres. Do you guys want to go the movies?  Vocês querem ir no cinema?  Y'all é uma forma reduzida de you all = vocês todos, mas realmente significa vocês, não vocês todos.  É muito usada na linguagem informal do sul dos Estados Unidos mas não aparece na língua escrita. É estigmatizada fora do sul como fora do padrão. Isso é uma pena, porque é muito útil. Eis um exemplo:  Não estou falando com você:  estou falando com vocês!  I'm not talking to you - I'm talking to y'all!

Folks = people.  You folks are welcome. Vocês estão bem-vindos.  Gosto de vocês.  I like you folks.  Folks é geralmente uma forma amigável.  You people é mais neutro e pode ser bem negativo.  You people should be more careful!  Vocês devem ter mais cuidado! Por quê vocês não conseguem fazer nada direito?  Why can't you people do anything right?  

À propósito,  you frequentemente muda para alguma coisa perto de ya.  You know soa como Ya know.  Isso obedece a regra que pronomes geralmente não são enfatizados e vogais de sílabas não enfatizadas tendem a mudar para o som "uh" ou desaparecer.

C ya!  

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pronouncing "ign": To "g" or not to "g"


The English spelling system is full of complexity and apparent anomalies. For example, why is the "ig" in sign is pronounced / ay / and the "ig" in signature  pronounced / ig /? In what follows, I will provide some guidance for pronouncing this problematic sequence of letters. There are a few exceptions, but without them, English would lose part of its undeniable charm. Don't you think?

Ig at the beginning of a word: the g is pronounced


ignition, ignite, igneous, ignore, ignominious, ignoramus.

Vowel + ign: silent g


In this list are campaign, reign, sovereign and feign. No matter what comes after the "ign";  the g  is never pronounced.  Aig = ai,  eig = ei.

Consonant + ign  + ∅: ign = /ayn/


After consonant + ign, ign is pronounced / ayn /. Sign, design, resign, align, malign, benign, design, realign.

Consonant + ign  + consonant: ign = / ayn /


Signs, assignment, alignment, benignly.

Different vowels after -ign lead to different pronunciations.

Consonant + ign  + e, i or o: silent g.


Signed, signee, co-signer, signing, consignee, designer, resignedly.

Consonant + ign  + i:  g = /g /


Before suffixes such as-ify,-ity,  and -ificant, however, the g is pronounced. Dignity, dignify, significant, insignificantly.

Consonant + ign + a: g = / g /


Here  the g makes its presence felt: designation, signature, assignation, signal, signalize, malignant.

There are a few words derived from French where gn is pronounced / ny /; peignor, seigneur, vignette.

Como pronuciar "ign"?

O sistema inglês de soletramento prima pela complexidade e apresenta anomalias aparentes.  Por exemplo, por quê o "ig" em sign se pronuncia /ay/ e o "ig" em signature se prounucia /ig/?  No que se segue, vou tentar dar pelo menos algumas tendências que podem ajudar quem hesita diante dessa sequência problemática de letras.  Tem algumas poucas exceções, mas sem elas, inglês perderia uma parte do seu inegável charme.  Não é?

Ig no começo de uma palavra:  o g é pronunciado

ignition, ignite, igneous, ignore,  ignominious, ignoramus.


Vogal + ign: g mudo

Nesta lista se encontram campaign, reign, sovereign,  feign.  Não importa o que vem depois do "ign"; o g nunca se pronuncia.  O g se ignora na pronúncia.  Aig = ai, eig = ei.

Consoante +ign + 

Em palavras que terminam em consonante + ign,  ign se pronuncia /ayn/.  Sign, design, resign, align, malign, benign, design, realign.

Consoante + ign + consoante: ign = /ayn/  

 Signs, assignment,  alignment, benignly.

Diferentes vogais depois do -ign levam a pronúncias diferentes.

Consoante + ign + e, i ou o: g mudo.

Signed, signee, co-signer, signing, consignee, designer, resignedly.

Consoante + ign + i: g = /g/

Com alguns sufixos como -ify, -ity, e  -ificant, porém,  o g é pronunciado.  Dignity, dignify, significant, insignificantly.

Consoante + ign + a: g = /g/

Aqui o g aparece: designation,  signature, assignation, signal, signalize, malignant.

Existem algumas poucas palavras derivadas do francês onde o -gn se pronuncia /ny/;  peignor, seigneur, vignette.



Language Exchanges Made Easier



You can make impressive strides in your English by means of a linguistic exchange. The idea is simple. You help someone improve their Portuguese (or whatever your native language is: we have an international audience herre!), and that person does the same for your English. That way everyone comes out ahead. It's a win-win situation.  With Skype, you have access to people worldwide, and when the contact is from computer to computer, this access is totally free, one of my favorite words in any language. My experience with Skype has been very favorable. The connection drops out from time to time, but overall the audio and video are excellent. I even  teach classes on Skype and it works out very well. (a plug:  If you're interested in studying English with me via Skype, write me a comment to this post and I'll get in touch with you).

A great site to search for language practice partners is www.sharedtalk.net, which some time ago was purchased by the firm Rosetta Stone, a huge producer of learning materials for dozens of foreign languages. After you sign up for free, you can choose typed our audi chat rooms. There is an English-Portuguese channel, but you see more Brazilians than anyone else there. It is better to go to the "English" room, where  you'll find people from around the world. But for the exchange I mentioned earlier, you can search among people registered at the site and get in touch!

Dave Snopek of linguatrek.com just published a list of tips to facilitate your language exchange:
http://www.linguatrek.com/blog/2012/08/4-tips-for-effective-language-exchange. As he explains, finding the right partner is even more difficult than finding a good friend, but it's worth it. He has been there.  Originally from Wisconsin, Dave moved to Poland and now blogs and gives tips on learning languages ​​in Polish. On the site, he also offers a free book full of tips for you to take responsibility for your learning and become fluent in the foreign language of your choice. Recommended!

And if your written English is not that great and gives you a headache, why not tackle this and other texts through another of my favorite sites: www.lingro.com?

Intercâmbios Línguísticos

Você pode melhorar seu inglês de uma maneira impressionante por meio de uma troca linguistica.  A idéia é simples.  Você ajuda alguém a aprimorar seu português, e essa pessoa faz o mesmo por seu inglês. Desse jeito todo mundo sai ganhando.  É uma win-win situation.   Com  a unversalização de Skype, você tem acesso a pessoas no mundo inteiro, e  quando o contato é de computador para computador, esse acesso é totalmente grátis, uma das minhas palavras favoritas em qualquer língua.  A minha experiência com Skype tem sido bastante favorável.  A ligação cai de vez em quando, mas no geral o audio e o vídeo são excelentes.  Até dá para ministrar aulas à distância.

Um site excelente para procurar parceiros é www.sharedtalk.net, que alguns tempos atrás foi comprado pela firma Rosetta Stone, um enorme produtor de materiais para aprendizado de dezenas de línguas estrangeiras. Depois de se cadastrar de graça,  você pode escolher váras salas de bate-papo teclado ou falado.  Tem um canal inglês-português, mas você encontra mais brasileiros do que tudo ali.  É melhor ir para a sala "English", onde aparece gente do mundo inteiro.  Mas para fazer a troca que mencionei há pouco, você pode procurar entre os cadastrados do site e entrar em contato!

O Dave Snopek de linguatrek.com acabou de publicar uma lista de dicas para facilitar e amenizar seu intercâmbio linguístico:
http://www.linguatrek.com/blog/2012/08/4-tips-for-effective-language-exchange.  Como ele explica, encontrar o parceiro ideal é até mais difícil do que encontrar um bom amigo, mas vale a pena.  Ele já passou por isso.   Americano de Wisconsin,  Dave mudou para Polônia e já bloga e dá dicas sobre o aprendizado de línguas em polonês.  No site, ele também oferece um livro gratuito cheio de dicas para você tomar responsabilidade por sua aprendizagem e ficar fluente na língua estrangeira da sua escolha.  Recomendado!

E se o inglês escrito ainda não é lá essas coisas e te dá dor de cabeça, porque não atacar esse e outros textos por meio de outro dos meus sites favoritos: www.lingro.com?

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sábado, 11 de agosto de 2012

Welcome = You're welcome?


The meaning of welcome varies greatly depending on the context.

Welcome =  Thanks for coming


Used alone, welcome means "I'm glad you came."  Welcome to our home. In this case, the answer is usually "Thank you." But welcome can be used in other ways.  A welcome change is a change that someone wants, a change that is welcome.  At many resorts, patrons are offered a "welcome drink" on arrival.   Welcome can also be used as a verb.  I welcomed him to our meeting = I thanked him for coming to our meeting.   The opposite of welcome is, as you might expect, unwelcome.  The news that John had just lost his job was unwelcome.   A welcome mat is a rubber rectangle outside your front door with the word "Welcome" on it. Its main purpose is to provide a place to clean the sole of your shoes.  If I say "The welcome mat is always out", the person I'm talking to or about is always welcome to visit me.

Welcome to the verb or noun


When we offer to let someone do or have something, we can use welcome to. You're welcome to spend the night here. Feel free to spend the night here. Spend the night here if you want. I do not want this shirt anymore. You're welcome to it. You can have it.

The difference between these two meanings of welcome can occasionally give rise to ironic comments, which may not always be, er, welcome. A: Welcome to Texas! B: You're welcome to it! (That is, You can have it!)  B is clearly not very excited about the state of Texas.


You're welcome - the response to "Thank you"


You're welcome is the preferred response to "Thank you", at least in North America A: Thanks for your help. B: You're welcome. Other less frequent responses include (It's) my pleasure and No problem. Sometimes No problem is reduced to "No prob".  A: Thanks for the help, buddy. B: In prob, man.  In the UK, we hear other answers: Do not mention it and Not at all. In Australia, "No worries" is apparently a popular rejoinder to "Thank you".

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Os dois significados bem diferentes de welcome



O significado de welcome varia bastante dependendo do contexto.

Welcome = Bem-vindo

Usado sozinho, significa bem-vindo. Não é uma resposta a outra expressão.  Welcome to our home.  Bem-vindo à nossa casa.  Neste caso, a resposta é geralmente Thank you = Obrigado.    Welcome back!  Bem-vindo de volta!.  Welcome to the United States.  A: Hello and welcome!  B Thank you!

Welcome + to + verbo ou substantivo

Quando deixamos que alguém faça alguma coisa ou oferecemos alguma coisa que não queremos mais, podemos usar welcome com to.  You're welcome to spend the night here. Fique a vontade para passar a noite aqui.  Passe a noite aqui se quiser.  I don't want this shirt anymore.  You're welcome to it.  Nâo quero esta camisa mais.  Você pode ficar com ela.

A diferença entre esses dois significados de welcome dá margem para comentários irônicos.  A:  Welcome to Texas! B: You're welcome to it!  A: Bem-vindo ao Texas.  B: Pode ficar com ele.   É evidente que B não está muito empolgado com o estado de Texas.

You're welcome = De nada

Usado com you're como resposta a thanks ou thank you, no entanto, welcome signfica "De nada".  A: Thanks for your help. B: You're welcome.  Outras respostas menos frequentes são (It's) my pleasure = O prazer é meu e No problem - sem problema.  Ás vezes No problem se reduz a No prob.  A: Thanks for the help, buddy.  B: No prob, man.  A: Obrigado pela ajuda, parceiro. B: Sem problema, cara.  No Reino Unido, se ouve outras respostas:   Don't mention it,  ao pé da letra Não mencione isso, e Not at all = imagine.    

Thanks for reading!