Nos Estados Unidos, certos sotaques são imediatamente identificáveis: o francês, o alemão, o mexicano, o indo-paquistanês e o japonês, por exemplo. Mas os sotaques dos brasileiros e dos portugueses não são muito fáceis de distinguir. A gente nota que se trata de estrangeiros, mas via de regra não consegue fazer a ligação com os respectivos paises de origem. No entanto, muitos brasileiros querem falar como americanos ou ingleses, ou o que for. Claro que não vão perder o "quê" do seu sotaque, mas quais são os componentes principais do sotaque tupiniquim? Vamos lá.
Uma diferença que chama bastante a atenção é o problema do "erre". Em português, o "r" no começo de uma sílaba é geralmente aspirado - sai um sopro de ar em Roma, ri, Rai Tec (uma oficina eletrônica aqui perto na Paranaíba), e Raikkonen (será que ele ia reconhecer o nome dele abrasilado?). O "r" no começo de uma sílaba em inglês é pronunciado... como um "r" no meio ou no final de uma sílaba. Não tem muita variação. Esse "erre" americano se faz apontando a ponta da língua para a parte de trás da boca. Comece com "a". Agora levante a língua. Vai ver que o som muda. É esse o som que você quer.
O brasileiro tem a tendência de trocar os sons de "r" e "h". Em "hot park", por exemplo, o "h" soa como um rr bem carrrregado, exatamente o contrário do que se quer. O jeito de evitar esses erros é sobretudo ficar consciente do jeito certo e tentar imitá-lo na hora certa. Vem aí um "h" inicial e você sabe que troca o "h" e "r"? Prepare-se mentalmente para fazer o som certo, fique atento, e as coisas vão mudar.
Tem muito mais a dizer sobre sotaque, e pronúncia em geral, mas deixo isso para outra oportunidade.
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