quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Uma quantidade (pequena) de consolo?

(Thanks to Gilton de Carvalho for the idea!)
O último filme da série 007 está chegando às telas brasileiras, mas com o título em inglês: Quantum of Solace. Será que os marketeiros brasileiros do filme estão querendo criar um ar de mistério ao redor do filme sonegando "a versão brasileira", ou realmente não conseguiram traduzir o título? Como não vi o filme, o conteúdo não é nenhuma ajuda.

Vamos aos fatos então. Quantum pode ser quântico, como em quantum physics = a física quântica. Nesse caso, segundo meu Merriam-Webster, quantum significa uma unidade elementar fixa. Não parece ser o caso aqui. Mas quantum também pode ser uma quantidade, ou uma quantidade fixa ou porção. Solace, por sua vez, quer dizer consolo ou alívio. Daí temos Uma Quantidade de Alívio, Uma Partícula de Consolo, Uma Porção de Conforto. Quem sabe?

Para quem gosta do James Bond e do mundo dele, http://www.commanderbond.net/ parece ser um site excelente, com todo tipo de informações sobre o espião mais durável do cinema.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Música Natalina na net

Nos Estados Unidos, existe todo um repertório dedicado às férias do fim do ano e principalmente ao Natal. Inclusive, há estações de rádio que, no mês de dezembro, mudam o formato para música natalina. Um bom site para procurar qualquer tipo de rádio, e não só nos Estados Unidos, é http://www.radio-locator.com/. Entrei lá e escolhi algumas emissoras no formato "Holiday Music". Infelizmente hoje em dia, certas rádios não dão acesso aos ouvintes fora dos Estados Unidos. Uma emissora que não faz essa restrição é KOLA 99.9, San Bernardino, Califórnia e enquanto escrevo estas linhas, estou ouvindo o clássico "White Christmas" com o imortal Bing Crosby, mas tem uma variedade de estilos e artistas. O endereço é http://www.kolafm.com/. Se você colocar o título da música em Google, ou como dizemos em inglês, se "googlar" o título, você encontra dezenas de sites com as respectivas letras. Bom proveito!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Apóstrofos

O apóstrofo é este pequeno símbolo, ´, que tem duas utilidades específicas em inglês. Tive a precaução de dar uma olhada no meu velho Aurélio antes de escrever estas postagem e fiquei sabendo que a palavra que queria era apóstrofo e não apóstrofe, a forma que tenho usado, errôneamente, todos estes anos, aturado por dúzias de alunos educados demais para me corrigir. Posso alegar, claro, que eu estava usando a palavra inglesa apostrophe, mas de qualquer jeito, agora sei! Quem fez a primeira semana de inglês sabe que I am, You are, He is, She is, It is, We are, They are na maioria das vezes aparecem como I´m, You´re, He´s, She´s, It´s, We´re, and They´re, pelo menos quando seguidas por mais alguma coisa. Posso dizer They´re here ou They are here (um pouco mais formal) mas na resposta a esta pergunta não se pode: Está pronta?, Sim, estou. Are you ready? *Yes, I'm. CORRETO: Yes, I am. A emenda (contraction) é possível só no começo ou meio da frase e não no final, como era o caso de *Yes, I'm. O apóstrofo pode também ser usado para mostrar que alguma coisa pertence a alguém. A bicicleta do Jõaozinho = Johnny's bicycle. Quando um nome com apóstrofo aparece sozinho, é geralmente o nome de algum estabelecimento, frequentemente um bar ou restaurante.

Mesmo os chamados falantes nativos hesitam em relação ao apóstrofo, uma possível mostra de que este signo tem os seus dias contados. Em Portland, na década dos 70, vi isto escrito na placa de uma floricultura: "Bokay´s" $5. A palavra devia ter sido bouquets (buquês) mas o que preocupa é a confusão do ´s com o plural, uma coisa bastante generalizada. Na Inglaterra, a tendência é de fato a supressão do apóstrofo, como por exemplo no nome da chiquérrima loja londrina Harrods. Não Harrod's, mas simplesmente Harrods, como se fosse um plural.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

No Shopping (Mall)

É oficial. Já começou a temporada de compras do Natal. Por isso, vai ter muito mais gente enchendo os shopping centers do país e do mundo atrás daquele presente perfeito. Será uma longa caminhada para muitos, que logo logo vão se deparar com um bom número de palavras em inglês que podem ou não fazer sentido. Vamos analisar algumas, encontradas num shopping de pequeno porte de Goiânia, ontem, dia 30 de novembro:
Authentic Feet. Uma loja de artigos esportivos e, claro, tênis. A tradução to the foot of the letter seria "Pés Autênticos". No mesmo ramo temos World Tennis = Tênis Mundial. Em inglês, tennis sem nenhuma qualifiçação é o jogo protagonizado por Gustavo Kuerten. Quando a gente se refere ao tênis ao sapato, o chamamos de tennis shoes, ou muito mais frequentemente hoje em dia, running shoes (sapato para correr). Lá perto, vendendo não me lembro o quê, é o misterioso Uncle K. (Tio Ka). Esse K com ponto lembra as obras do Franz Kafka. Outra loja é Hi Fly. No beisbol, um high fly é uma bola alta, fácil de pegar. Também lembra to fly high = voar alto. Um outro significado que me vem na cabeça, mas que realmente ia precisar de uma vírgula, é Oi, Mosquito! Lá na praça de alimentação (food court), temos muitas opções, algumas delas em inglês. A famosa rede de fast food Burger King é o Rei dos Hamburgers, que a gente familiarmente chama de burgers. Um whopper é alguma coisa gigantesca; portanto, um whopper burger é um burger gigantesco. Whopper tem outro significado menos positivo, porém: é uma mentira enorme. Ele disse uma mentira grade. He told a whopper. Whopping é um adjetivo que significa enorme. O livro custo uma quantidade enorme: $R 90. The book cost a whopping R$ 90. Um stacker vem de stack, e realmente é um hamburger com muitos níveis de conteúdo. Bob's significa do Bob. Neste caso o apóstrofe mostra a forma possessiva. Esta forma é muito comum para restaurantes, bares, e até lojas. Falando nisso, tem outra loja que utiliza esta mesma fórmula: Harry's = do Harry. Num shopping, o que mais tem, ao que parece, é menswear. Dá para entender que é o que homens usam (what men wear) = roupa para homem. Uma loja está oferecendo roupas urban-friendly. Isso eu nunca vi nos Estados Unidos, mas sugere que a roupa é apropriada para o cenário urbano. A gente vê muito a frase user-friendly, ou amigável ao usuário: fácil de usar ou manusear.

Por favor, se você vir outros exemplos de inglês em português, me mande e eu dou meu pitaco ao respeito.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Melhore seu sotaque AGORA!

Você quer melhorar seu sotaque em inglês? Aqui estão algumas dicas que podem fazer uma diferença imediata.
1) /r/ é feito com a ponta da língua apontando para o céu da boca. Isso vale para o começo, meio e fim da palavra.
2) Cuidado com /r/ e /h/! Aquele r soprado de rainha e régua é representado por um h em inglês.
3. o "th" é um som que não existe em português, nem na maioria das línguas. Gente do mundo inteiro tem problemas com este som. Coloque a ponta da língua entre os dentes e sopre. Isso produz um th sem voz, o som de think ou thought. O outro th é feito do mesmo jeito mas com a "voz ligada". Este é o som em this, that, these e those. Estes sons não são /f/, /v/ nem /d/ e muito menos /tch/.
4. O "ed" do passado tem três pronúncias, mas se pronuncia o "e" apenas quando o verbo regular termina em -t ou -d, uma coisa relativamente rara. Played = playd, walk = walkt, mas repeated = repeat id.
5. O consonante no final de uma sílaba ou de uma palavra praticamente não se pronuncia. Por exemplo, "night" /nayt/ tem aquele "t" no final, mas você coloca a língua atrás dos dentes e --- segura, peão! Deixe só um pouquinho de ar escapar.
6) A prática consistente do 5) ajuda a evitar outro grande componente do sotaque brasileiro: a palatização. Por exemplo "felicidade" tem aquele som /dji/ no final. Isso não existe em inglês. Ruth em inglês termina em th sem voz, e não é /hutchi/!
7) Tente juntar os sons. Quem fala ca-da sí-la-ba so-a co-mo um ro- bô. De fato, em Hollywood, a instrução para robô falar é pronunciar cla-ra-men-te ca-da sí-lá-ba. Não caia nesta armadilha. Quando mais seu inglês fluir, melhor. I don´t know soa, numa boca anglófona, alguma coisa como /AIdanou/ e é muito mais compreensível para quem fala inglês do que /ay dountchi kanO/. Parece um contrasenso, mas aí está.
8. Uma pergunta com a resposta sim ou não sobe no final, uma pergunta começando com uma palavra wh (who, why, when, etc) sobe na última sílaba emfatizada, e depois desce. Uma afirmaçao faz o mesmo: sobe até a última sílaba emfatizada, e depois desce.
9) Fique acostumado a palavras acentuadas bem no começo. Por exemplo, é SU per mar kt e não su per MAR let; é HAM bur ger e não ham BUR ger. Tem muitas palavras assim.
10. Não se esqueça que uma frase em inglês tem um ritmo regular, quase metronômico. E nem todas as sílabas foram criadas iguais. Muitas sílabas não emfatizadas deixam de existir, ou o som do vogal muda, ou se assimilam aos sons ao redor.

Vamos voltar a esses pontos no futuro. Mas mesmo do jeito que estão, estas dicas podem melhorar considerávelmente se sotaque. Faça a experiência!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Happy Thanksgiving!

Thanksgiving, ou o Dia de Ação de Graças, cai sempre na quarta quinta-feira de novembro nos Estados Unidos e em outubro no Canadá.

O que é que os americanos estão festejando? Segundo a lenda, o primeiro ano dos colonos ingleses em Plymouth, Massachusetts, 1621, foi muito difícil. Se não fosse a ajuda dos índios e os novos alimentos americanos (como o peru e o milho) que eles trouxeram para os recém-chegados, estes teriam morrido de fome. A ação de graças, portanto, foi uma comemoração de uma primeira colheita bem-sucedida e um agradecimento aos índios.

Em nossos dias, Thanksgiving é um dia de confraternização quando as famílias se reúnem e comem aquele peru gostoso, acompanhado de iguarias típicas do dia como creme de cebola (creamed onions), stuffing ou dressing ( a mesma coisa: quadradinhos de pão temperado que cozinha dentro do "pássaro"), molho de peru, purê de batata (mashed potatoes), e feijão verde (string beans ou green beans) entre outras delícias. A sobremesa (dessert) fica por conta da torta de abóbora, às vezes com uma bola de sorvete ou chantilly (whipped cream) em cima. A gente come até virar o olho. É muito bom.

Thanksgiving é a época do ano quando mais gente voa, apesar do mau tempo, da falta de grana, e as poltronas cada vez menores (ou os passageiros cada vez maiores). É uma chance de pôr a fofoca em dia, se abraçar, brigar (acontece), e para os adultos reviver um pouco da infância. Os restaurantes étnicos geralmente fecham neste dia. Afinal, quem quer tacos ou comida tailandesa quando todas as atenções estão voltadas para o sr. Peru?

Para quem gosta, depois de um opíparo almoço, tem football americano na TV em abundância. E se foi você quem convidou todo mundo e forneceu o peru, tem a expectativa de dias, se não semanas, de sanduíches de peru e sopa de peru (bem gostosa) e o que restou do banquete (leftovers).

O dia seguinte, que cada vez mais gente mata, é o maior dia de compras do ano (the biggest shopping day of the year). Tem que chegar bem cedo nos estacionamentos dos shoppings (shopping malls) para disputar uma vaga. As lojas vem com tudo, lançamentos, novas promoções, decorações luxuosas - é o pontapé inicial da época de compras de Natal. Agora a gente começa a ouvir a música tipica natalina. Tem até rádios que só tocam isso até o Natal. (Geralmente aquelas emissoras desesperadas para aumentar sua fatia do mercado (market share).

Mesmo sem frio, sem peru, e sem football americano, A Happy Thanksgiving to All!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sotaques e como minimizar o seu

Um sotaque é a soma de desvios do padrão nativo de uma língua. Também é uma coisa bem subjetiva. Afinal de contas, todos nós temos um sotaque de algum tipo, mesmo dentro do nosso próprio país. Quando eu era menino, por exemplo, sempre achava que nós, lá no cantinho esquerdo superior dos Estados Unidos, não tínhamos sotaque, mas o pessoal das outras regiões, especialmente o Sul e Nova Iórque, sim. E lá, também tinha bastante contato com o levemente diferente inglês canadense dos nossos vizinhos lá em cima, uma diferença imperceptível a um britânico. Sotaque pode ser charmoso,irritante ou totalmente incompreensível; forte ou fraco; imediatamente identificável ou misterioso. Tudo depende de nós, das nossas experiências e expectativas.

Nos Estados Unidos, certos sotaques são imediatamente identificáveis: o francês, o alemão, o mexicano, o indo-paquistanês e o japonês, por exemplo. Mas os sotaques dos brasileiros e dos portugueses não são muito fáceis de distinguir. A gente nota que se trata de estrangeiros, mas via de regra não consegue fazer a ligação com os respectivos paises de origem. No entanto, muitos brasileiros querem falar como americanos ou ingleses, ou o que for. Claro que não vão perder o "quê" do seu sotaque, mas quais são os componentes principais do sotaque tupiniquim? Vamos lá.

Uma diferença que chama bastante a atenção é o problema do "erre". Em português, o "r" no começo de uma sílaba é geralmente aspirado - sai um sopro de ar em Roma, ri, Rai Tec (uma oficina eletrônica aqui perto na Paranaíba), e Raikkonen (será que ele ia reconhecer o nome dele abrasilado?). O "r" no começo de uma sílaba em inglês é pronunciado... como um "r" no meio ou no final de uma sílaba. Não tem muita variação. Esse "erre" americano se faz apontando a ponta da língua para a parte de trás da boca. Comece com "a". Agora levante a língua. Vai ver que o som muda. É esse o som que você quer.

O brasileiro tem a tendência de trocar os sons de "r" e "h". Em "hot park", por exemplo, o "h" soa como um rr bem carrrregado, exatamente o contrário do que se quer. O jeito de evitar esses erros é sobretudo ficar consciente do jeito certo e tentar imitá-lo na hora certa. Vem aí um "h" inicial e você sabe que troca o "h" e "r"? Prepare-se mentalmente para fazer o som certo, fique atento, e as coisas vão mudar.

Tem muito mais a dizer sobre sotaque, e pronúncia em geral, mas deixo isso para outra oportunidade.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Passar, infelizmente, nem sempre é pass.

Passar frequentemente não é pass em inglês. Quem estuda inglês muitas vezes passa a maior difficuldade em saber como traduzir passar numa situação específica.Infelizmente, não tem uma regra que nos diga quando passar = pass ou passar = outra coisa.
Passar no sentido de enviar é geralmente send ou communicate. Ele me passou um email/ um fax/uma carta. He sent me an e-mail message/ a fax/a letter. Ele passou a idéia de que estava cansado de mim. He communicated the idea that he was tired of me. Passar pode também ser to get something across. Ela não conseguiu passar para ele que estava muito cansada. She wasn’t able to get it across to him that she was very tired.
O que passou? What happened? Passei de ano! I passed ou I was promoted! Ultrapassar é pass no trânsito. Aquele carro me ultrapassou pela direita. That car passed me on the right. Para experiências, a gente usa to go through. Passei por uma situação terrível. I went through a terrible situation. Passei um susto, no entanto é I was frightened. Passei a comer menos chocolate depois da consulta com o médico. I began to eat less chocolate after the appointment with my doctor. O número de torcedores passou de 10 mil. There were more than 10,000 fans. Preciso passar estas calças. I need to iron these pants. Ao pé da letra, preciso “ferrar” essas calças. Quando passar se refere ao tempo, aí usamos o verbo to spend (ao pé da letra, gastar). Passei seis anos trabalhando em Dubai. I spent twelve years working in Dubai. No entanto, quando nos referimos a uma situação desagradável que vai acabar, podemos dizer: Isto também passará. This too shall pass. Quero passar meu casete para CD. Neste caso, I want to transfer my cassette to CD. Ele passou por aqui. He passed through here. (Até que emfim. Passar = pass).

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sexies? NOT!

Elas são muito sexies
Gisele Bündchen está entre as 5 primeiras ....
Yahoo News, 20 de novembro, 2008

Mais uma vez, no Yahoo! vejo uma lista, desta vez dos mais sexies do mundo. É evidentemente a vez dos atores, playboys, modelos, etc. Faz um par de semanas, tinha também a lista das mais sexies. Nem sei quem lidera essas listas porque não consegui desviar a minha atenção daquela palavra biônica. Pelo menos (e sei lá por quê) mudaram o y para i com o intuito de acrescentar aqueles -es totalmente inúteis. Ponto para Yahoo.

Sexy é um adjetivo e os adjetivos em inglês não tem singular nem plural. Afinal, são adjetivos e não substantivos. Por isso, eu veria com melhores olhos a lista das (ou dos) mais sexy. Mas peraí! Sexy não é um adjetivo terminando em y que forma o comparativo em -ier e o superlativo em -iest? Pois é. Não quero ser um purista (mentira: adoro ser purista), mas não seria mais satisfatório "A lista dos sexiest"? Isso sim mostra uma gramaticalidade para pedante nenhum botar defeito. Pessoalmente, acho sexiest muito mais sexy do que sexies. Com o leitor (só tem um até agora) a palavra.

Será que português, reconhecido mundialmente como uma língua sexy, não conseguirira uma palavra equivalente? Ou inglês é mais sexy do que português?

domingo, 16 de novembro de 2008

Agora você vai entender tudo que eles falam

Para quem acha que os americanos britânicos, canadenses falam muito depressa vem em boa hora uma inovação no Windows Media Player, versões 10 e mais recentes. Agora se pode variar a velocidade de execução de um arquivo. Primeiro, na tela de WMP, escolha "Em execução". Aí, clique em "Aprimoramentos" e escolha "Configurações de velocidade". Vai aparecer uma tela lá embaixo com uma escala deslizante que te possibilita modificar a velocidade de execução. Realmente, dá para entender muito mais nas velocidades mais lentas, bem que às vezes o locutor dá a impressão de estar um pouco drogado ou ensonado. Certamente, isso não é culpa dele. Com certeza, trata-se de mais uma ferramenta poderosa nas mãos de quem quer mais controle sobre seu aprendizado.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Títulos

Em português se emprega as formas senhora, senhorita (mas parece que está caindo em desuso hoje em dia), e senhor como sinal de respeito, formlidade, ou distância social. Inglês tem equivalentes para essas expressões (Mrs., Miss, e Mr.) mas existem certas diferenças no seu uso como vamos registrar agora.

Por começo de conversa, Mrs., Mr., e Miss (e outros títulos com Dr., Prof., Rev, Senator) são seguidos pelo sobrenome. Eu, por exemplo, me chamo George Coe Roberts. Você pode me chamar de Mr. Roberts (aqui no Brasil, só uma pessoa me chama assim) ou de George (Jorge? Geiorge? Diorde? Você decide). Tem uma excepção regional, porém. No Sul dos Estados Unidos, não é tão raro assim alguém usar Miss + o nome: Miss Tallulah, Miss Mary. Isso não é o caso com Mr. ou Mrs. Nunca ouvi Mr. Bob ou Mrs. Jane, por exemplo. Dr. Ruth ou Dr. Bob são bem raros mas existem.

No contexto anglo-americano, o presidente do Brasil ou é Lula ou é President da Silva: não tem como ele ser President Lula em inglês. Sorry.

Uma mulher casada é Mrs. + sobrenome. O estranho desta abreviação reside no fato do /r/ ter desparecido da pronúncia, que é /MISsiz/. Isso é o resultado do que um professor meu de graduate school (veja a explicação logo em baixo) chamava do gênio da língua. Centenas de anos atrás Mrs. era mistress, mas, devido à tendência anglófona de emendar e simplificar, virou /MISsiz/. Antigamente, a esposa de Robert Smith se assinava Mrs. Robert Smith, omitindo o nome de batismo dela. Hoje em dia, parece que aquele costume está caindo em desuso. Hoje ela seria Mrs. Jane Smith, ou talvez nem adote o sobrenome do marido.

Nos anos 60, as feministas perguntaram: Se Mr. pode ser casado, divorciado, desquitado, separado, amasiado, por que a mulher precisa especificar seu estado civil? Isso não seria uma asimetria, uma desigualdade? A resposta positiva gerou um novo título para mulheres de qualquer situação: Ms, pronunciado /miz/. Parece uma abreviação mas não é. Hoje em dia é muito usado.

Enquanto uma senhora de idade aqui no Brasil seria "senhora", casada ou não, uma solteirona com 70, 80, ou 90 anos continua sendo Miss Jones, Miss Otis, Miss + sobrenome, independente da idade. E no mundo do espetáculo, o uso de Miss é geral: Ladies and gentlemen, Miss Giselle Bündchen!" Ladies and Gentlemen, Miss Elizabeth Taylor!" Tanto faz se ela é casada, separada, ou, pasme, solteira. Aliás, é difícil ficar a par da vida sentimental das estrelas.

Agora, quando você quer se dirigir a alguém de um jeito respeituoso mas não sabe o nome da pessoa, as formas são um pouco diferentes das acima referidas. Se se trata de uma menina ou moça, você pode usar miss: Este guardachuva é seu, senhorita? Is this umbrella yours, miss? Para homem, não é Mr., mas sir: Desculpe, senhor. Excuse me, sir. E chamamos uma senhora de ma'am, pronúnica /maem/, com o vogal de bad ou hat. Is this umbrella yours, ma'am? Vale dizer que estas formas são muito formais e pouco usadas no dia-a-dia. São simplesmente omitidas na maioria dos casos, um exemplo de no-naming.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

As complicações da vida acadêmica: Graduation, graduate, postgraduate.

Graduation e graduate fazem parte do time dos falsos cognatos, palavras numa língua que lembram palavras em outra, mas na realidade significam coisas distintas. Também se chamam falsos amigos, amigos de onça lingüisticos que atrapalham a vida de todo mundo que aprende uma língua estrangeira.

O verbo formar-se é to graduate. Vai se formar em medicina = He is going to graduate as a doctor. Ela se formou em 1999 = She graduated in 1999. A formatura é graduation. Quem já se formou é um graduate. Ele se formou na Universidade de São Paulo = He graduated from the University of São Paulo OU He is a graduate of the University of São Paulo.

Apesar de se soletrarem do mesmo jeito, graduate (formar-se), por um lado, e graduate (o diplomado) e graduate (de pós-graduação:adjetivo), por outro lado, tem pronúncias diferentes. O verbo é /GRAEDjueit/. Aquele -ate no final se pronuncia /eit´/, enquanto o substantivo e o adjetivo se pronunciam /GRAEDjuet´/, onde o -ate no final tem o som vogal de 'but' ou 'love'. Em ambos os casos, se começa a fazer o /t/ final mas segura quase todo o ar.

No mundo universitário aqui, a primeira etapa é o curso de graduação, mas em inglês essa etapa é o undergraduate course. Um aluno que ainda não se formou também é um ou uma undergraduate. Existe uma diferença muito grande entre a graduação aqui e o undergraduate course lá. Nos Estados Unidos, você se matricula numa universidade, mas tem até dois anos para decidir qual que vai ser seu curso, ou major. Isso faz bastante sentido. Um adolescente de 17 ou 18 anos geralmente não sabe o que quer na vida; enquanto faz as matérias obrigatórias nos primeiros dois anos da universidade, começa a enxergar o que mais lhe convém em termos de profissão. Se mudar de idéia, não tem que enfrentar um vestibular, pleitear uma nova vaga, perder tempo, etc etc. Simplesmente pega novos cursos no grade curricular. É fácil.

Mestrado e doutorado ( e cada vez mais pós-doutorado) são cursos de pós-graduação aqui, ou graduate ou postgraduate courses por lá. Quem estuda nesses cursos é um postgraduate student, graduate student, ou familiarmente, a grad student. O curso de pós-graduação é graduate school ou grad school. Estou fazendo um curso de pós-graduação = I'm in graduate school OU I'm a graduate student.

sábado, 21 de junho de 2008

In, On, At

Estas três preposições podem ser usadas tanto para tempo como para localização.
Tempo:
Usamos at com as horas ou outros pontos de tempo. Por exemplo:
ás 3 horas = at three o´clock
a meio dia = at noon
ao atardecer = at sunset
naquele tempo = at that time
no começo = at the beginning

In é usado para partes do dia:
de manhã = in the morning
a tarde = in the afternoon
no fim da tarde + a noitinha = in the evening, BUT
a noite = at night (uma excepção à regra)

É também usado para anos e meses:
em março = in March
em 1997 = in 1997
em março de 1997 = in March, 1997
nos anos 60 = in the 60s
no século passado = in the last century


On se emprega com dias da semana e datas.
Ele veio na segunda feira. He came on Monday.
Ela nasceu no dia 20 de junho. She was born on June 20(th).
Misturando partes do dia com o nome do dia, usamos on.
Elas chegaram na terça á noite. They arrived on Tuesday night. Neste caso, dá para omitir on: They arrived Tuesday night.

Não precisamos de preposição com each ou every (cada ou todo)
Ela vem todos os domingos. She comes every Sunday.

Localização
Este trio de preposições também se usa para se referir a localização.
Usamos in para indicar um lugar que fica dentro: in Goiânia, in Goiás, in Brazil, in South America, in the house, in my hand.

On se usa para alguma coisa que fica em cima: O chapéu está na minha cabeça : The hat is on my head. Ele mora em cima da montanha = He lives on the mountain. Ele mora na ilha. = He lives on the island MAS quando a ilha em questão é um país, ou outra divisão administrativa, é in. Elas moram no Haiti. They live in Haiti. Eles moram no Havaí. They live in Hawaii.

At é usado para pontos no espaço. Ele foi até a janela e agora ele está na janela. He went to the window and now he is at the window. At não tem dimensão: foi para algum lugar e parou aí. Usamos at para lugares na cidade, por exemplo:
Ele está no dentista. He is at the dentist. (In the dentist não é possível aqui porque significa, ao pé da letra, dentro do dentista; seria muito apertado). A moça está na padaria. The girl is at the bakery (se não importa saber se ela está do lado de dentro ou do lado de fora) ou The girl is in the bakery (chegou lá e entrou).

Em alguns casos, como este, podemos usar ou at ou in e a diferença é pequena. Mas às vezes o uso de at ou in faz uma diferença importante. Por exemplo, se alguém está internado, dizemos He is in the hospital. Se algúem está visitando, ou se trata de alguém que trabalha no hospital, dizemos He is at the hospital.

No caso de home, temos a opção de omitir at. Eles estão em casa = They are at home, mas mais informalmente, a frase pode ficar assim: They are home.

Há uma série de palavras que dispensam the depois de at. Geralmente fazem parte da rotina diária ou da cultura, tais como:
at home; at school; at church; at college (querendo dizer na universidade ou na faculdade); nestes casos, é possível usar the entre at e o objeto, mas aí estamos nos referindo a um lugar já mencionado, não ao lugar aonde sempre vamos.
Ele está na escola. He is at school. (Ele vai lá todos os dias).
Ele está na escola para a qual ligou ontem. He is at the school that he called yesterday. (Não se trata da escola que ele frequënta).


terça-feira, 10 de junho de 2008

Por que novela é soap opera?

As pessoas sempre mostram surpresa ao ficarem sabendo que em inglês, uma telenovela se chama soap opera em vez de TV novel ou alguma outra coisa semelhante. Por começo de conversa, novel existe em inglês, mas é um livro, um romance. Por exemplo, o Paulo Coelho escreve romances, ou novels, e é um romancista, ou novelist. Romance também existe, mas é um caso de amor ou então uma novela romántica, daquelas que a gente encontra aos montes numa banca de revistas. Mais do que um género literário, é uma autêntica indústria. Mas voltemos ao soap opera.

É um termo que vem do começo da era da rádio nos Estados Unidos nos anos 20 e 30. Estes programas, geralmente de curta duração, 15 ou 30 minutos ao máximo, almejavam sobretudo donas de casa, e o objetivo primordial era vender detergente ou sabão. Os patrocinadores, Lever, Proctor & Gamble, etc, enchiam estes episódios de comerciais = commercials. O termo soap opera começou como um apelido jocoso (òpera de sabonete ao pé da letra) mas o termo pegou e continua sendo usado até hoje para telenovelas, bem que agora são também chamadas de daytime dramas (dramas diurnos, que se transmitem durante o dia e não à noite). Estas novelas ainda conseguem uma audiência respeitável, agora com outros segmentos como estudantes, desempregados e trabalhadores do turno noturno assistindo, além das donas de casa ou housewives.

As soap operas americanas são um pouco diferentes do que se constuma ver aqui no Brasil. Por começo de conversa, uma soap opera pode continuar por anos e anos a fio, com o elenco morrendo e se substituindo aos poucos e muitas reviravoltas dramáticas. Além disso, como já mencionei, as soap operas se transmitem mais ou menos no período entre as dez da manhã e três ou quatro horas da tarde. Houve uma tentativa de trazer esta modalidade para o horário nobre, ou prime time, nos anos 60 com a soap opera "Peyton Place", mas essa moda não pegou e o horário nobre continua sendo o domínio de séries de todos os tipos nos States.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Livemocha.

Imagine um site que junta os cursos de línguas inovadores de Rosetta Stone e um site de relacionamentos para as pessoas praticarem as línguas que estão aprendendo e ensinarem suas próprias línguas aos outros, e tudo de graça. Este site, Livemocha, já exista há alguns meses, mas só descobri agora. Vale a pena dar uma conferida no www.livemocha.com Estou fazendo alemão com eles e estou gostando. Se você estiver começando inglês, tem um curso bem estruturado para iniciantes. Se estiver mais adiantado, pode contar com a ajuda de falantes nativos para aprimorar sua escrita, seu vocabulário, e sua gramática.

Todos sabemos que aquelas parcas duas ou três horas semanais de aula não dão para aprender uma língua estrangeira. Um recurso como livemocha e outros sites do mesmo estilo que estão surgindo podem reverter este quadro, inclusive possibilitando acesso ao estudo de línguas para quem não tem condições de custear um curso convencional.

Time will tell = Quem viver, verá, né?

terça-feira, 3 de junho de 2008

A vs An

A é o artigo indefinido, equivalente a um ou uma. Mas às vezes, vemos a forma an. Quando a é seguido de um som de consonante, tudo bem; fica a. Mas quando o som que se segue é de um vogal, o a vira an. Note que se trata de som de consoante e som de vogal e não simplesmente da letra. Vamos dar alguns exemplos:

Antes de um consoante: a book; a plate; a girl; a bad example.
Antes de um vogal: an orange, an apple, an ugly car.

Existem algumas palavras onde o h inicial é mudo, como por exemplo honor e hour. Nesse casos, o que vale é o som e não a letra. Portanto,
an honor; an hour.
Na grande maioria dos casos, nos quais se pronuncia o h, que é um consoante, usamos a: a house, a hat, a home, a hole.

O u inicial pode ter duas pronúncias: no caso de university e union, o u tem o som de /yu/. Neste caso, usamos a + u. É realmente o som, e não a letra, que faz a diferença.
a university; a union; a united Africa; a unit of measurement.

Mas em outros casos, o u inicial tem o som de vogal. Nestes casos, usamos an + u: an uncle, an unread newspaper, an uphill ride.

Aqui estão alguns exercícios para testar sua compreensão.

_____ dog; _____ awful day; _____day; _____ useful explanation; _____ young man; _____ white shirt; _____ unity government; _____ usual activity; _____ upper floor; _____ hard exercise; _____ hotel; _____ unhappy camper.

domingo, 1 de junho de 2008

Fun vs. Funny

São na verdade duas palavras com significados bastante diferentes. Funny é engraçado, cómico. Que piada mais engraçada! = What a funny joke! Mas funny também tem o significado de estranho, suspeito, anormal. Ele me deu uma olhada estranha. = He gave me a funny look. Que jeito mais estranho de me dizer que me ama! What a funny way to tell me you love me! A gente distingue entre "funny ha-ha" (engraçado) e "funny peculiar" (estranho).

Fun, no entanto, tem o signficado de diversão, quando usada como um substantivo, e divertido, quando desempenha o papel de um adjetivo. Eu me diverti muito na festa. I had lots of fun at the party. Como adjetivo, fun não muda. Foi uma festa muito divertida. That was a fun party.

Por isso, cuidado com fun e funny. Se você disser That was a funny party, você está dizendo que era uma festa engraçada .... ou estranha. Mas se você diz It was a fun party, todo mundo se divertiu muito.

Para quem gostaria de testar sua compreensão desta diferença, aí vai uns exercícios. Coloque funny ou fun no espaços.

1. I didn´t have any __________ at all at the party.
2. She's offended. She didn't think that comment was very __________.
3. There's something __________ about that man. Watch him!
4. That examination was no __________ at all.
5. I love my job. For me, work is more ________ than _______. (Noel Coward)

sábado, 31 de maio de 2008

O shopping

Muitos estabelecimentos comerciais aqui no Brasil tentam ficar mais chiques, mais charmosos, mais primeiro mundo, colocando inglês até no próprio nome da empresa. É natural que uma empresa estrangeira utilize sua griffe. Mas muitas empresas brasileiras entraram nessa onda também, às vezes com resultados no mínimo curiosos. Algumas vezes, um nome agringado que faz sentido para o brasileiro vira um quebra-cabeças para os falantes nativos da língua de Bush.

Um caso concreto disso é o shopping. Esta palavra vem do inglês shopping center. Na minha infância, há 90 anos, um shopping center era um aglomerado de lojas, quase sempre com um supermercado e alguma loja de departamentos como âncoras, além de lojas de fast food, variedades, cinemas, drogaria, etc. Todas as lojas eram rodeadas de um amplo estacionamento, mas estavam separadas; os espaços descobertos obrigavam o cliente a se sujeitar aos rigores do tempo para ir de uma loja para outra.

No começo dos anos sessenta, porém, surgiu um novo tipo de shopping center com uma diferença importante. Neste shopping center versão 2,0, todas as lojas ficavam debaixo de um telhado só, compartilhando um espaço interno comum. Desta forma, o tempo lá fora deixou de ser um problema para o cliente. Dentro do shopping mall, ele podia se deleitar com um sistema poderoso de ar condicionado ou, no rigoroso inverno norteamericano, de aquecimento, o que o convidava a ficar mais tempo e gastar mais. Esta versão melhorada do shopping center se chamava um shopping mall, e foi a inspiração do shopping brasileiro.

Um mall é uma esplanada: A Esplanada dos Ministérios em Brasília e o mall no centro de Washington, D.C são exemplos. Shopping quer dizer fazer compras. Daí, um shopping mall é uma esplanada de compras: um mall para shopping.

O brasileiro sabe pela própria experiência que um shopping é um lugar. Mas em inglês não é. Shopping é uma atividade. Fazer compras = go shopping. Para o centro de compras a língua inglesa tem duas opções: a mall ou a shopping mall.

Portanto: Vou às compras; Vou fazer compras = I'm going shopping.
Vou no shopping. = I'm going to the mall OU I'm going to the shopping mall. *I'm going to the shopping não procede.

Acho interessante que o nome do mais novo shopping de Goiânia é Brava Mall. Em nome dos professores de inglês do Brasil, muito obrigado. Será que a moda pega?





Não deu tempo

Parece que hoje em dia, ninguém tem tempo para nada. É aquela lufa-lufa toda, cada vez mais para fazer, e ao que parece, cada vez menos tempo para fazê-lo. Quando se precisa correr cada vez mais para ficar no mesmo lugar, quando o emprego é cada vez mais precário e mais exigente, cómo é que a gente encontra tempo para fazer alguma coisa aparentemente de menor prioridade, como aprender uma língua estrangeira?

Tenho pelo menos duas sugestões. Se você parar para pensar, vai dar-se conta de que, apesar da correria toda, existem alguns bolsões de ócio na sua vida, por assim dizer. O que você faz enquanto dirige, por exemplo? Eu sugeriria que escute o CD que acompanha seu livro didático de inglês, os podcasts de http://www.eslpod.com/. ou então www.voanews.com/specialenglish. Ou, que tal http://www.speakup.com.br/? Se você se desloca de ônibus ou de metrô, como você aproveita o tempo da viagem? Pois hoje em dia você pode escutar iPod enquanto está lá pendurado (ou, se tiver sorte, sentado). Não só aprende e pratica alguma coisa, mas anula aquela barulheira nos altofalantes do ônibus. Você mata dois coelhos com uma cajadada só. A sua ocupação deste tempo vazio não se limita às opções rai-tec. Poderia muito bem pegar num livro em inglês (que pode comprar em Siciliano, Saraiva, Submarino, Amazon, ou Powell's Books em Portland). Para os leitor mais econômico ou mão-de-vaca, vale a pena conferir o estoque dos sebos perto de você. Com certeza vai encontrar aqueles livros simplificados, muitos de alta qualidade, de Longman e Oxford, mas nos sebos, nunca se sabe o que vai encontrar.

Tem mais tempo transicional? Claro, enquanto está naquela fila de banco ou esperando abastecer, depois do almoço, nas salas de espera da vida tomando aquele chá de cadeira, a lista, felizmente, é infindável. Digo felizmente porque são momentos que a nova tecnologia nos deixa aproveitar melhor do que nunca. A medida que vou escrevendo este blog, vou indicar mais sites aptos precisamente para este uso. Por favor, me mandem suas dicas!

Mas, alem de prencher estes tempinhos ao longo do dia dia, você pode substituir o que você gosta de fazer em português por alguma coisa semelhante em inglês. Por exemplo, se você gosta de notícias, leia-as em inglês! O site da VOA é um excelente lugar para começar. Mas dependendo do seu nível, você pode acessar http://www.guardian.co.uk/, ou então http://www.nytimes.com/, http://www.usatoday.com/, ou milhares de outros sites para todos os gostos. A medida que vai lendo, vai se familiarizando com o vocabulário das notícias. Já já a tarefa fica bem mais fácil. Assista filmes em inglês com legendas em inglês, ouça rádio da sua escolha em inglês (para muitas dicas, consulte http://www.radio-locator.com/). Em fim, a substituição praticamente não tem limites.

Dá para perceber que você tem tempo sim, não só para aprender mas paradominar o inglês. É só fazer!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Um site recomendado: www.voanews.com/specialenglish

Eis um site para quem quer melhorar sua capacidade de ler e entender inglês americano. VOA News Special English começou nos anos 50 como um programa de onda curta, que aliás continua até agora transmitindo para o mundo inteiro en vários horários, com literalmente milhões de ouvintes na China, por exemplo. O vocabulário usado neste programa se limita a uma lista, acessível no site, de aproximadamente 2,500 palavras. Novas palavras são definidas a partir deste vocabulário básico. Com a repetição da palavra em vários contextos, você se lembra mais facilmente do seu significado. O site presuppõe um conhecimento intermediário de gramática, mas exercendo seu adivinhoómetro (que é fundamental no aprendizagem de uma língua estrangeira de qualquer jeito), até iniciantes bem básicos podem compreender muita coisa.

O programa começa com um boletim de notícias, na voz de Steve Ember, in Washington. A Voz da América é notável pelo profissionalismo dos seus locutores e equipe de produção. As vozes são mesmo muito boas. Depois das notícias, vem outros pequenos programas sobre inglês, a cultura americana, a história americana (com muitas informações que o americano comum desconhece, diga-se de passagem!), o meio ambiente, diversão, saúde, emfim uma grande variedade de temas. Na maioria os programas são realmente interessantes -- não tem propaganda política explícita. Você pode receber um e-mail semanal com alguns destaques da programação, o que não deixa de ser útil se não dá para ouvir todos os dias.

Se você estiver interessado num tema específica, um arquivo de programas está disponível. Alguns programas só tem o texto sem o arquivo de aúdio, mas muitos tem os dois.

Fora as noticias, que não vem acompanhadas de um texto impresso, todos os programas contam com um texto ou roteiro e o aúdio. É interessante variar seu jeito de ouvir o programa. Por exemplo, você pode ouvir primeiro, sem o texto, para saber o tanto que você está entendendo, e depois ouvir e ler ao mesmo tempo para esclarecer aquelas dúvidas que surgiram na primeira audição. Ou pode ler primeiro para facilitar o entendimento depois. Vale a pena experimentar.

Como era de esperar, o site oferece uma gama de maneiras pelas quais você pode curtir o programa, começando com o bom e velho rádio de ondas curtas, passando por Windows Media Player, MP3, podcast e streaming - a escolha é sua.

O site também tem um serviço de vídeo que eu ainda não acessei.

Para concluir, Special English, um verdadeiro pioneiro na área de programas para quem está aprendendo inglês, é uma fonte diária de inglês acessível sobre os mais variados temas. Mas cuidado: você pode até se viciar!

terça-feira, 27 de maio de 2008

May be ou Maybe?

Maybe = talvez. Talvez ele vá - Maybe he'll go.
São muito parecidas, mas maybe é um advérbio. Parece com may be, mas é diferente. Tem o significado de talvez. Sinônimos são perhaps (um pouco mais formal) e possibly (possivelmente). Isso quer dizer que precisamos de um verbo para compor a frase. Por exemplo, Maybe I'll go to a movie tonight. (Talvez eu vá no cinema esta noite). O verbo aqui é will, na forma de ´ll.

May = verbo modal. Possivelmente ele irá. He may go.
May é um verbo que significa possivelmente no futuro. Possivelmente ele irá no cinema hoje à noite. He may go to the movies tonight. May pertence ao clube de verbos modais auxiliares; will, would, might, can, could, shall, should, também são sócios. Usamos may, como os outros modais, com o infinitivo sem to. Por exemplo, I may go to a movie tonight.

Portanto, temos duas frases com significados quase iguais mas com estruturas diferentes: Maybe I'll go to a movie tonight e I may go to a movie tonight. São igualmente corretas e usadas, e ambas dão aquela sensaçao de possibilidade-mas-não-probabilidade.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Bem-vindo! Welcome!

O propósito deste blog é de ajudar brasileiros (e outros lusófonos de todas as latitudes) a aprenderem o inglês. Em princípio, vai ser um blog bilingüe. Desta forma, espero que sirva tanto para o estudante avançado, que pode perfeitamente ler a versão inglesa sem qualquer hesitação, o iniciante, e o intermediário, que pode tentar o texto em inglês mas tem dúvidas sobre alguma expressão, alguma palavra. E quem sabe, eventualmente pode haver leitores que se interessam por inglês mas não falam português. Por isso, o inglês neste blog vai ser bem simples - simples, mas, espero, não simplório. Como inglês é um tema muito abrangente, espero que tenha de tudo: pronúncia, diferenças culturais, vocabulário, gramática (gosto muito), gíria, tradução, jogos,... a única limitação é a minha criatividade e a sua. Gostaria muito de saber o que você acha desta empreitada, o que você gostaria de ver aqui (dúvidas são muito bem vindas e responderei o melhor que posso), e suas sugestões sobre o conteúdo, o formato, a periodicidade, etc. etc. Até mais!

Welcome!

The purpose of this blog is to help Brazilians (and other Portuguese speakers) to learn English. I am planning to make this blog bilingual. In this way, I hope to meet the needs of the advanced learner who really doesn´t need to look at the translation, the intermediate, who reads English but might have some questions, and the beginner who is curious about English but has not yet started to learn it. I will try to make the English on this blog simple, but not simple-minded. Since English is a pretty big subject, I expect to cover just about everything, pronunciation, cultural differences, vocabulary, grammar (I love grammar), sland, translation, games ... the only limit is my imagination and yours. I hope to hear your opinion about this blog, what you would like to see here (questions are more than welcome - I'll answer the best I can) and your suggestions about content, the format, frequency, etc. See you again soon!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Primeira postagem First post

Esta é uma primeira tentativa de blogar, mais para ver como fica do que outra coisa.
This is my first attempt at blogging, more to see what it looks like than anything else.