sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Enjoy vs. have a good time

Chegou o fim da semana e é hora de se divertir. Como se faz isso em inglês?

Curtir alguma coisa = enjoy
Enjoy é o equivalente de desfrutar ou curtir e exige um objeto. Eu curto música clássica. I enjoy classical music. Quando o objeto de enjoy é uma ação, toma a forma de verbo +ing, o gerúndio. Desse jeito, podemos ter o -ing de enjoying seguido por um gerúndio, também com -ing no final. Kaká está desfrutando de novo de jogar futebol. Kaká is enjoying playing soccer again.

Quem usa Facebook tem a opção de curtir (ou não) o que aparece no seu muro. A forma inglesa adotada em Facebook é like, ou gostar. Like é uma abreviação de I like this - Gosto disso. Mas o sr. Zuckerberg poderia ter escolhido enjoy e o efeito seria o mesmo. Para quem vive a maior parte do tempo fora do âmbito virtual, é meio estranho ler coisas do estilo "Please like this site" = por favor curta esse site. Soa um pouco como "me ame", algo que não adianta pedir. Mas obviamente nesse caso, like significa "Se gostou, divulgue para seus amigos."

Divertir-se = have fun, have a good time ou enjoy oneself
Quem está se divertindo está having fun ou então having a good time. Quando alguém vai embora para uma festa podemos falar Divirta-se! Have a good time! ou Have fun! Você se divertiu na festa? Me diverti muito. Did you have a good time at the party? I had a great/wonderful/marvelous time. Outra resposta seria I had a lot of fun. Acontece às vezes que a festa não foi lá essas coisas. Nessa situação a resposta seria I had an awful/ a terrible/a miserable/a horrible time. That party was no fun at all. I didn't have any fun.

É possível usar enjoy neste contexto também, mas com um objeto reflexivo. Ele se divertiu. He enjoyed himself. Ela se divertiu. She enjoyed herself. Mary e João se divertiram. Mary and John enjoyed themselves. Se eu quiser desejar que alguém curta uma festa, posso dizer "Enjoy yourself/yourselves!"

Erros comuns

Do que acabo de relatar, é evidente que alguma coisa está faltando em frases como *I enjoyed a lot", *I'm really enjoying" - um objeto. Mas se colocarmos um objeto, tudo está em ordem. Podemos dizer I enjoyed the party a lot, ou I enjoyed myself a lot. Para completar a outra frase, dá para dizer I'm really enjoying myself ou I'm really enjoying the party.

E agora, se você gostou da postagem, curta-a! If you enjoyed the post, like it!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

It's isn't its

It's e its tem o mesmo som e são frequentemente confundidos, mas são bem diferentes.

Substantivo + 's = possessivo
O Bill tem um carro. O carro do Bill é Bill's car. John e Mary, por outro lado, tem uma casa. A casa de John e Mary é John and Mary's house. Esta construção com apóstrofo mais s funciona beleza para substantivos, mas não se aplica a pronomes.

Pronomes possessivos: my, your, his, her, its, our, their
Existe uma série de pronomes possessivos. Nenhum deles inclui um apóstrofo. Ele tem um carro. O carro é dele. The car is his ou It is his car. O cachorro tem a casa dele. The dog has its house. A firma dá alojamento gratuito aos seus funcionários. The firm gives its workers free housing.

It's = it is ou it has
Acabamos de ver que o possessivo its não tem apóstrofo, mas it's é muito usado. Trata-se de uma forma contraída que pode representar it has our it is. Quando é usada no present perfect com o particípio passado, it's = it has. Já choveu muito. It's (it has) rained a lot. Tem sido bem difícil para ele. It's (it has) been very hard for him. Quando regular, o particípio passado termina em -ed, mas há muitas formas irregulares como come/came/come, eat/ate/eaten, go-goes/went/gone, e muitas outras. Quando it's não é present perfect, equivale a it is. Está chovendo - It's (it is) raining. É difícil - It's (it is) difficult. É um gato - It's (it is) a cat. Está aqui. It's (it is) here. Está fechado. It's (it is) closed. Diga-se de passagem que não é obrigatório contrair it + has ou is. Não contrair soa um pouco formal e engomado na conversação, mas é bastante comum no inglês escrito.

Não é raro encontrar a confusão entre it's e its nos escritos de falantes nativos de inglês na internet. Pelo visto, muita gente matou a aula sobre essa matéria na escola. Até parece que its está entrando em desuso - mas não aqui no George's Blog!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PBS News Hour: www.pbs.org/newshour

Um dos telejornais mais respeitados nos Estados Unidos é o PBS News Hour, uma produção da rede nacional de televisão pública PBS - the Public Broadcasting Service, que lembra a TV Cultura aqui no Brasil. PBS News Hour não tem interrupções comerciais e as reportagens são compridas, permitindo uma abordagem mais matizada de notícias que às vezes ganham pouco ou nenhum destaque nos telejornais das grandes redes de TV: CBS, NBC, ABC e Fox. News Hour evita os famigerados sound bites, ao pé da letra mordidas de som, pequenos extratos de entrevistas, discursos ou pronunciamentos que podem descaracterizar uma mensagem. O programa está no ar desde 1975 e conta com milhões de espectadores.

Cada reportagem vem acompanhada de uma transcrição, o que permite combinar a compreensão oral com a leitura. Nesse aspecto, o News Hour é parecido com o altamente recomendado telejornal alternativo http://www.democracynow.org/. Você pode assistir ou escutar o programa inteiro ou acessar reportagens individuais. Para ver como anda sua compreensão oral, escute o trecho, ou uma parte dele, sem a transcrição. Depois você pode inserir o endereço do site, www.pbs.org/newshour em lingro.com, que oferece uma tradução clicável de palavras novas. Depois disso, é útil ler e ouvir o texto ao mesmo tempo. Inglês não é uma língua fonética e as formas escrita e falada podem divergir muito. Finalmente, escute de novo sem ou texto para ver o tanto que sua compreensão melhorou. Isso é bem motivador! Evidentemente, você pode experimentar com essa ordem para ver o jeito mais proveitoso de usar o material ou para evitar cair na rotina.

Em resumo, este site pode melhorar seu inglês enquanto você fica bem informado - uma ótima combinação.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Will ou going to? Para um futuro melhor.

Will e going to se referem a um tempo futuro, mas existem importantes diferenças entre as duas expressões.

Going to - intenção ou resultado esperado
A gente constuma pronunciar going to como "gonna", sem o "t", mas sempre escrevemos "going to". Going to é bem parecido com ir + infinitivo em português. Pode indicar uma intenção ou um plano. Vou ao banco hoje à tarde. I'm going to go to the bank this afternoon. O seu plano agora é ir ao banco hoje à tarde. Going to também pode indicar o resultado de algum processo em andamento. O tempo está fechando e aquele vento de chuva já começou a soprar. Vai chover. It's going to rain. Ela vai dar à luz. She's going to have a baby. Você vai se arrepender. You're going to be sorry!

Quando going to é seguido de go, podemos tirar o go sem mudar o significado. I'm going to go to the bank = I'm going to the bank. I'm going to go swimming = I'm going swimming. Quando tiramos to go, going to volta a ser pronunciado como é escrito. I'm going to /gonna/ go swimming mas I'm going /going/ swimming.

Will
Como todo verbo auxiliar, will não constuma ser enfatizado numa afirmação. Se asimila ao pronome, e às vezes ao substantivo, que vem antes. I will go with you= I'll go with you; They will do it = They'll do it. Bem informalmente, John will go = John'll go. Claro, você pode enfatizar will para mostrar um contraste. A: John won't go. B: Yes, John WILL go, e neste caso, will leva a ênfase. Numa resposta curta sim ou não, will é acentuado e não se junta com o pronome anterior. Will you dance with me? Yes, I will. *Yes, I'll sozinho não dá. 'll tem que ser seguido de alguma coisa para não ser acentuado, Yes, I'll dance with you ou Yes, I'll be happy to, por exemplo.

Will no futuro
O futuro com -ei, -ás, -á, -emos e -ão é will + infinitivo. Will é usado para previsões: A China será a maior potência econômica do mundo em dez anos. China will be the world's greatest economic power in ten years. Will também aparece em cronogramas e horários fixos: O avião partirá para Teerão às 1425. The plan will leave for Tehran at 2:25 pm. A primeira etapa será entregue no dia 7 de junho. The first stage will be completed on June 7. Minha aula de inglês será às 8 da manhã. My English class will be at 8 in the morning. Quando uma cláusula que se refere ao futuro começa com if, when, after, before, entre outras expressões de tempo, a cláusula principal da frase precisa de will. Se você comer demais, você ficará doente. If you eat too much, you'll get sick. Ele trancará o portão quando sair de casa. He'll lock the gate when he leaves the house. Isso também pode soar como uma ameaça: Se você fizer isso, eu te mato. If you do that, I'll kill you.

Outros usos de will
Will é um verbo modal, como would, shall, should, can, could, may e might, e como eles, tem mil e uma utilidades. Frequentemente tem pouco ou nada a ver com o futuro. Podemos usar will para pedir. encomendar ou comprar alguma coisa: A: E para beber? B: Vou querer um Pepsi, por favor. A: And what will you have to drink? B: I'll have a Pepsi, please. A: O senhor gostou do rádio? B: Sim, vou levar. A: Did you like the radio? Yes, I'll take it. Pode ser usado num pedido para alguém fazer alguma coisa. É um pouco mais formal ou menos educado do que would. Faça o favor de desligar esse rádio. Will you please turn off that radio? Numa afirmação, will pode ser uma ordem. A: Vai ficar aqui até terminar a tarefa. B: Sim, senhor. A:You'll stay here until you finish the task. B:Yes, sir. Will também pode mostrar que alguém se prontifica a fazer alguma coisa: A:Quem quer lavar os pratos? B:Eu lavo. A:Who wants to wash the dishes? B: I will.

Comparação de going to e will
Podemos colocar will e going to nas mesmas frases, mas as conotações e os contextos são diferentes. Ela tem a tarde livre. O que ela vai fazer agora? What's she going to do now? Vai tirar uma soneca. She's going to take a nap (intenção). Aconteceu alguma coisa ruim. O que ela fará agora? What will she do now? Deixará o Brasil. She'll leave Brazil (previsão). Vou te ver amanhã ( é meu plano). I'm going to see you tomorrow. Te vejo amanhã (é minha previsão - afinal, sempre te vejo). I'll see you tomorrow! Você vai casar com ela. You're going to marry her. (Do jeito que a coisa anda, vejo o namoro terminando em casamento). Você casará com ela. You'll marry her (uma previsão sem evidência concreta, ou o casamento já está marcado, ou então é um comando, talvez do pai da moça). Tem hora que a diferença é pouca: China will be the world's greatest economic power in ten years (uma previsão da minha bola de cristal). China is going to be the world's greatest economic power in ten years (vejo o resultado das tendências atuais).

I'll see you next post!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sugestões para um dia de folga

Quem frequenta este blog sabe que estou convencido da importância da leitura no aprendizado rápido de uma língua estrangeira. Quem lê mais, lê melhor e mais depressa, tem um vocabulário maior, escreve melhor, fala melhor e se dá melhor em provas como o TOEFL ou Cambridge. O maior especialista na área de aprendizagem de línguas estrangeiras, Stephen Krashen, que o diga. Mas o Krashen argumenta que o que lemos tem que ser apaixonante: se não for, simplesmente não leremos.
http://www.sdkrashen.com/articles/The_Compelling_Input_Hypothesis.pdf

Agora, se pergunte: que tipo de leitura te apaixona? Especificamente, que tipo de jornal ou revista você não deixa de ler em português? Cada revista ou jornal das dez ou cinquenta mais em português tem sua congênere em inglês. O Brasil se industrializou substituindo importações. Por que não industrializar seu inglês substituindo português por inglês na medida do possível e agradável?

Eis algumas sugestões para um dia de folga. Para lidar com o vocabulário novo, ou passe seu cursor em cima da palavra desconhecida e o Google Tradutor te dá uma tradução que nem sempre faz muito sentido, ou tecle seu site ou URL no http://www.lingro.com/. Clicando em "learn" no menu, você pode rever os artigos lidos ou as frases onde as novas palavras apareceram. Lembre-se: no começo, provalvelmente vai se sentir sobrecarregado de palavras novas. Não importa. Vá clicando para frente e vai ver que logo você começa a dominar a linguagem da área que te interessa.

Para quem gosta de Veja
Time Magazine, fundada em 1923, é a primeira e a maior revista semanal de notícias do mundo. http://www.time.com/. Outras excelente opções são http://www.newsweek.com/ , US News and World Report http://www.usnews.com/ e The Economist http://www.economist.com/ da Inglaterra. Sites do mesmo estilo sem versão impressa são http://www.salon.com/ e http://www.slate.com/.

Para quem gosta do Estadão
Nos Estados Unidos, o equivalentes seriam The New York Times http://www.nytimes.com/ e The Washington Post http://www.washingtonpost.com/. Em Inglaterra, gosto de The Guardian http://www.guardian.co.uk/ e The Independent http://www.independent.co.uk/.

Para quem gosta de Caras
Quem quer saber da vida dos famosos e FFBF Famous for Being Famous (famosos por serem famosos como Paris Hilton e Kim Kardashian) pode acessar People Magazine http://www.people.com/ e Entertainment Weekly http://www.ew.com/.

Para quem gosta de Daqui
Alguns tablóides de mais ou menos o mesmo estilo são The New York Post http://www.nypost.com/, The Daily Mail http://www.dailymail.co.uk/, e The Sun http://www.thesun.co.uk/. Uma subvariedade é o supermarket tabloid (tabloide de supermercado). Você encontra esses tabloides logo antes do caixa e compra impulsivamente. As "noticias" parecem mentira e às vezes são. Um exemplo maravilhoso: Weekly World News http://www.weeklyworldnews.com/. Eles se caracterizam como the only reliable news - as únicas notícas confiáveis.

Para quem se apaixona por Valor Econômico
The Wall Street Journal, que dispensa comentários online.wsj.com. O Financial Times de Londres: http://www.ft.com/. Um site muito abrangente: http://www.bloomberg.com/

Para que adora Quatro Rodas
Motor Trend http://www.motortrend.com/.

Eu gostaria de saber o que você achou desse sites. Foram mesmo interessantes? Deu conta de ler usando Lingro? Precisa de mais dicas? Tem algum site que você queria recomendar? Conte nos Comments.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

It's Halloween!!

Para uma versão desta postagem em português, clique aqui: http://georgeroberts.blogspot.com/2010/10/e-halloween.html.

Today is Halloween, a day (or rather an evening) f0r trick-or-treating, costumes and parties. It's lots of fun! It is not an official holiday, that is, we don't stay home from work or school, but it is still widely celebrated. The word Halloween derives from All Hallow's Eve, which is on the calendar of Catholic holy days. Een (originally e'en) is a shortened form of evening = even, which in this case refers to the day before a holiday. We also celebrate Christmas Eve and New Year's Eve, which is not called reveillon in English. Hallow is an obsolete word meaning "a saint". The word hallowed means sanctified, and appears at the beginning of the Lord's Prayer: "Our Father, Which art in Heaven, hallowed be Thy name". But the origin of Halloween predates Christianity. As Wikipedia explains,




The origin of Halloween goes back to the traditions of the peoples who inhabited Gaul and the British Isles between the years 600 BC and 800 AD, although it was markedly different from the current celebration. Originally, Halloween was not related to witches. It was a festival of the Irish Celtic calendar, the festival of Samhain, celebrated between October 30 and
November 2 which marked the end of summer (samhain literally means "late summer").


On Halloween, children dress as monsters, witches, characters from popular culture and horror films and go door to door, offering those who open the door a choice: Trick or treat! The trick is the threat to do something bad if the homeowners don't give the children anything. Tricks of this kind are fairly rare, although it is not unheard of for kids to "decorate" the house of someone they don't like with toilet paper. The treat is something good to eat given by the person being visited. Supermarkets sell special bags of small chocolate bars for the occasion. Today, parents usually restrict their children's trick-or-treating to their friends' houses. The reason for this is sad. Over the past couple of decades, a few sadists have placed pieces of broken glass or razor blades inside the goodies to hurt children. On Halloween night, some hospitals offer the public the use of their x-ray machines to make sure there is nothing suspicious among the collected treats. It is interesting that the practice of trick-or-treating only got its name in the 1930s. When I was a kid, I imagined that this tradition had always existed, but the term was first attested in North America in 1927.

Another typical aspect of Halloween is jack o'lanterns, big carved-out pumpkins with a sinister expression and a candle inside. We used to put a jack o'lantern in the big front window of our house to create an appropriate ambience for our small visitors. " Jack" at one time meant man, and we still see this meaning of jack in the expression "jack of all trades, master of none" (in Portuguese, "pau para toda obra"), a worker who can do many things adequately, but nothing extremely well. Thus, during Halloween, the pumpkin is called "Jack of the Lantern" or the Lantern Man. This tradition originated in the practice of remembering lost souls in Purgatory with a candle lantern inside a turnip (These would have to be pretty big turnips!)

This celebration is spreading to countries that a few years ago were unacquainted with it. The Brazilian deputy Aldo Rebelo once proposed that Halloween be replaced by Saci Pererê Day, but his proposal fell on deaf ears. At least in English schools in Brazil, Halloween has been part of the calendar of events for many years.

So Happy Halloween!

domingo, 30 de outubro de 2011

Morreu de morte morrida ou matada?

Halloween e o Dia dos Finados estão se aproximando e com eles, os espíritos, fantasmas, bruxas, santos e sobretudo mortos. Vamos nos debruçar então sobre esse assunto tabu que no entanto faz parte da vida: a morte. Mas a nossa abordagem será um pouco diferente do que a gente vê por aí.

Die
Die é morrer, um verbo intransitivo. Ela está morrendo. She's dying.
Ele morreu. He died. O gerúndio dying também pode atuar como um adjetivo: O homem moribundo pediu um copo d'água. The dying man asked for a glass of water. Died é o particípo passado de die que se usa com alguma forma do auxiliar have. Ele tinha morrido. He had died. O paciente já morreu. The patient has died. Mas died não pode ser usado como adjetivo. *The died man. *The man is died.

Dead
A versão adjetival de die é dead = morto, morta, mortos. mortas. Coronel Qaddafi é morto. Colonel Qadaffi is dead. O único bandido bom é um bandido morto. The only good criminal is a dead criminal.

The dead
The + dead é um substantivo plural: os mortos. Os mortos foram enterrados numa vala comum. The dead were buried in a mass grave. Esta regra vale para todas as combinações the + adjetivo: os pobres = the poor; os cegos = the blind; os retardados = the retarded. Ele trabalha na Escola para Cegos de Oregon. He works at Oregon School for the Blind. E se quisermos nos referir a um morto só? Um morto = *a dead não dá. Precisamos de colocar algum substantivo depois de dead. O morto nunca foi identificado. The dead man was never identified. A morta foi a filha do meu vizinho. The dead woman (ou dead girl) was my neighbor's daughter.

O Dia dos Finados (ou o Dia dos Fiéis Defuntos para quem nos lê em terras lusas) não se traduz como Day of the Dead. O nome em inglês é All Souls Day = Dia de Todas As Almas (Partidas).

Foi morto = He was killed
Matar = to kill. Inglês não tem nada semelhante aos particípios como morto, ganho, aceito e entregue que se usam com ser, estar, ficar, andar, ir e vir e cada vez mais com ter (para uma discussão interessante a respeito veja http://www.ciberduvidas.com/pelourinho.php?rid=1679 ).
Portanto, eles foram mortos numa chacina. The were killed in a massacre.

A morte = death
Quando a morte á uma coisa abstrata, se dispensa o artigo, exatamente como se faz com outros substantivos abstratos em inglês. Schubert compôs um quarteto de cordas chamado "A Morte e a Donzela". Schubert composed a string quartet called "Death and the Maiden." A morte á o fim da vida (profundo, não é?) Death is the end of life. Como death é um substantivo, pode ser usado no plural. Houve vários mortes por causa do incêndio. There were may deaths due to the fire.

Happy Halloween and Happy All Souls Day to everybody!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Com que roupa eu vou?

O sujeito roupa pode ser dividido em tres tempos: a hora de vestir, a hora de usar, e a hora de tirar.

Na hora de vestir:
Mary está se vestindo. Mary is getting dressed. Get + um adjetivo mostra uma mudança de estado. Mary está ficando vestida. Mas uma pessoa pode vestir outra. Estou vestindo minha filha. I am dressing my daughter.

Quando vestimos uma peça de roupa, precisamos de um verbo diferente: to put on. Mary está vestindo uma blusa nova (verbo transitivo). Mary is putting on a new blouse. Também podemos dizer Mary is putting a new blouse on. Não faz sentido (em inglês) dizer *I am dressing a new blouse. Quando o objeto é um pronome e não um substantivo como blouse, porém, esse pronome tem que ficar entre put e on. Ela está calçando-o. She's putting it on. Mary está calçando sapatos e luvas novos. Mary is putting on new shoes and gloves. O leitor atento terá notado que o verbo usado com sapatos e luvas, to put on, é o mesmo que usamos com roupa. Calçar não tem equivalente em inglês.

Agora, Mary está vestida = Mary is dressed. Talvez ela esteja vestindo um vestido: Maybe she's wearing a dress.

Depois de se vestir:
Agora, a roupa está colocada. Mary está usando uma blusa nova. Mary está vestindo uma blusa nova = Mary is wearing a new blouse. Use é utilizar para fazer alguma coisa; nada tem a ver com roupa. Ela usou um martelo para bater o prego. She used a hammer to hit the nail. Se alguém falasse She's using a blue blouse, a resposta muito bem poderia ser: para limpar o chão? = to mop the floor? Mary está calçando sapatos novos. Mary is wearing new shoes. Na loja de roupa, podemos dizer: Visto tamanho 32. I wear size 32. I take size 32. E na sapataria, é a mesma história: Calço tamanho 39. I wear shoe size 39. I take shoe size 39. Wear é usado com acessórios e cabelo também. Ela usa óculos, uma pulseira, aparelho e relógio. She wears glasses, a bracelet, braces, and a watch. Usamos wear com cabelo também. Ele usa uma barba. He wears a beard. O cabelo dele é comprido. He wears his hair long.

Na hora de tirar a roupa
Chega a hora que queremos tirar a roupa, tomar banho e dormir. Vou tirar a roupa. I'm going to get undressed (o contrário de get dressed, que vimos em cima). Para especificar o artigo de roupa que queremos tirar, empregamos o verbo to take off. Vou tirar minha camisa. Está muito quente. I'm going to take off my shirt (ou I'm going to take my shirt off). It's very hot. E no calor de uma tarde em Goiânia, essa seria uma excelente idéia.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Para que ler em inglês?

Às vezes pergunto para meus alunos o que leram em inglês ultimamente. Muita gente lê materiais profissionais, como manuais ou artigos científicos e isso é ótimo, mas muito poucos lêem algum artigo, site, ou livro por prazer, e isso é uma pena. É uma pena porque enquanto você lê, você está aumentando e aprofundando seu vocabulário, o que beneficia diretamente sua capacidade de entender o que você lê ou ouve e de se expressar oralmente ou por escrito. Você reconhece padrões de gramática que já estudou mas talvez não visse exemplificados na vida real, e de uma forma geral, você está se engajando com material compreensível. o que vai empurrando seu domínio da língua para cima.

Mas talvez a vantagem mais importante da leitura é que é uma atividade prazerosa. Quando você entra no estado que o falecido escritor americano John Updike chamou de "reading bliss", ou éxtase da leitura, você não vê o tempo passar e até acha muito ruim quando alguém te chama para, por exemplo, ir no supermercado. Você não quer parar de ler de jeito nenhum! Talvez seja por causa dessa reação que os autores de blurbs, sinopses na contracapa de um livro, frequentemente falam que you can't put it down, ou seja, não dá para não ler.

É muito difícil quantificar isso, mas o consenso chutométrico é que quem fala português precisa de 1000 - 1500 horas do que o professor de línguística aplicada Dr. Stephen Krashen chama de comprehensible input = a entrada de informação compreensível, para chegar a um nível intermediário ou avançado na língua. Como sustenta o Steve Kaufman, autor do blog A Linguist Looks at Language, a aquisição de vocabulário é a tarefa principal do poliglota-em-treinamento, e de longe o jeito mais eficaz de conseguir esse vocabulário é por meio da leitura. Kaufman aprendeu 9 línguas, entre elas o mandarim, na maioria dos casos como autodidata, de forma que a opinião dele tem um certo peso. É evidente que quando você está lendo alguma coisa prazerosa o tempo voa e você chega mais perto daquela soma de 1500 horas que você precisa para virar o rei ou a rainha do inglês.

Será que te convenci, pelo menos um pouco? Se a resposta for afirmativa, então a pergunta se põe: o que ler, afinal? Pessoalmente acho muito mais importante o fator interesse do que qualquer outro. No meu estudo autodidata de alemão, eu sempre pego artigos que acho interessantes e vou enfrentando o vocabulário por meio de http://www.lingro.com/, que já mencionei aqui em oportunidades anteriores. Depois de procurar o vocabulário novo, leio de novo e a melhora é impressionante. Pessoalmente, gosto muito de notícias, política, teorias de conspiração (será que são só teorias?!), culturas diferentes, linguística, e por aí vai. Sites sobre esses assuntos não tem fim. Realmente no começo, o leitor barriga-verde pode se sentir sobrecarregado: as palavras novas parecem tantas! Mas depois de um tempo, se você persistir, você já começa a dominar essas palavras e a leitura dá um salto qualitativo. O tempo que isso leva depende muito do seu nível inicial, claro. Ná área de ficção, os especialistas recomendam que o leitor se "especialize" num autor só, digamos Dan Brown ou J.K. Rowlings ou Mark Twain. A medida que você vai se adentrando no mundo de um determinado autor, a compreensão fica cada vez mais fácil. O importante é não se deixar desanimar no começo porque essa fase de superabundância logo logo passa.

O jeito mais fácil para encontrar material para ler que te apaixona é lançar mão do Google. Primeiro, você pode encontrar o termo que precisa usando o excelente dicionário online http://www.wordreference.com/, escolhendo português-inglês no menu. Time Magazine compilou uma lista dos 50 melhores sites na internet nas mais variadas áreas: http://www.time.com/time/specials/packages/0,28757,2087815,00.html.
Wikipedia propõe uma lista de revistas americanas sobre os mais variados assuntos: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_United_States_magazines. Nesta lista, o link para a versão online vem ao final da descrição da revista.

Comprar livros direto dos Estados Unidos sai muito mais barato do que comprar esses mesmos livros, ou as traduções, aqui. O site da enorme livraria Powell's em Portland, que diferentemente de amazon.com, oferece livros usados (e mais baratos), é http://www.powells.com/.

Happy reading!!

Se você gostou deste artigo, por que não dar uma folheada no arquivo ou assinar - é de graça.

domingo, 23 de outubro de 2011

O ponto que eu queria

Point aparece em várias expressões idiomáticas. Nestas expressões, pode ter a ver com utilidade, o interesse principal ou argumento.

Point = utilidade
What's the point? mostra que quem fala acha que uma determinada ação não tem utilidade. Eu poderia ir ao banco, mas para qué? Já fechou. I could go to the bank, but what's the point? It's already closed.

O sufixo -less significa: sem a raiz da palavra. Painless - sem dor. Sugarless - sem açucar. Uma ação sem objetivo aparente ou chance de sucesso é pointless. Não adianta ir ao banco agora: já está fechado. It's pointless going to the bank now/ Going to the bank now is pointless. It's already closed. Foi um comentário inútil. It was a pointless comment. Uma expressão semelhante é There's no point in + verbo+ing. There's no point in going to the bank now. It's closed. Acho que uma ação contemplada é fútil: I don't see the (any) point. A gente poderia ir ao banco agora, mas não sei para qué. Já fechou. We could go to the bank now, but I don't see the point. It´s already closed. Ele não viu utilidade nenhuma em comprar um carro que nunca dirigiria. He didn't see any point in buying a car he would never drive.

Point = o que interessa

Get (right) to the point - ir direto ao ponto. É importante que um escritor vá direto ao ponto para prender a atenção do leitor. It's important for a writer to get right to the point in order to capture the reader's attention. Artigos nos jornais impressos são longos demais enquanto na internet se vai direto ao ponto. Newspaper articles are too long, but on the internet they get right to the point. A propósito, quem não vai ao ponto is beating around the bush (ao pé da letra, está batendo ao redor do arbusto = rodando o toco). Pare de falar com rodeios e vá direto ao ponto! O tempo é curto! Stop beating around the bush and get to the point! Time is short!

É importante não confundir get to the point com get the point, ou entender corretamente o que interessa numa situação. Get sozinho pode significar entender. Sacou, bicho? Got it, buddy? Get the point é bem parecido. Todo mundo riu menos Ernesto. Ele não entendeu a piada. Everybody but Ernesto laughed. He didn't get the point of the joke. O contrário de get the point é miss the point: entender errado. Você entendeu errado. Tem nada a ver com dinheiro. Tem a ver com o amor. You miss the point completely. It's not about money. It's about love. That's not the point/ the point is = esse não é/ é o ponto que interessa. Qadaffi era um ditador sangrento, mas isso não é o que interessa. O importante é que ele foi assassinado a sangue frio, sem nenhum processo. Khadaffi was a bloody dictator, but that's not the point. The point is that he was murdered in cold blood without a trial.

Point = argumento
O argumento dele é que o projeto é muito caro para nós. His point is that the project is much too expensive for us. Entendo seu argumento: I see your point. A: Se você vender seu carro, vai ter que andar a pé, e você não gosta disso. B: Faz sentido. A: If you sell your car, you'll have to walk, and you hate walking. B: I see your point. Your point is well taken significa que seu argumento é bom e apreciado. Seu argumento que o Obama depende do apóio de Wall Street é convincente. Your point that Obama is a creature of Wall Street is well taken.

O que interessa nesta postagem foi apontar para o fato de que point pode ser usada de várias maneiras em expressões idiomáticas. Sacou?

The point of this post was to point to the fact that point has many uses in English idioms. Get the point?

domingo, 16 de outubro de 2011

So vs. Then

Um dos significados de "então" é naquele momento. Cacá tinha, então, 24 anos. Até então o Brasil não teve uma lei específica contra a tortura. Mas então também mostra um efeito ou uma conclusão. Sempre houve aquele lance de prisão. Então não me espantei muito. Então o senhor está a favor do federalismo? Interessado? Então!

Para tempo e numa frase condicional na forma "Se..., então...," usamos then. Para introduzir um efeito ou resultado, no entanto, usamos so.

Then: temporal
O então temporal é then. Until then, Brazil had no specific law against torture. Cacá was 24 years old then. Then é muito usado para mostrar o que aconteceu numa sequência, e pode ser traduzido por então ou depois: Eu acordei. Depois, eu levantei. I woke up. Then I got up.

Then condicional
"Se eu fosse você, eu iria", "Não compro se for caro", e "Se ele tivesse ido, não teria gostado" são exemplos de frases condicionais. "Se" introduz uma condição e o resto da frase depende disso. Numa frase onde a condição é precedida por if é possível, mas formal, usar then para introduzir o resultado. Se eu fosse você, eu iria. If I were you, (then) I would go. Às vezes a condição é implícita. A: Fui convidado a uma festa. B: (Se você quiser ir) então vá. A: I was invited to a party. B: (If you want to go) Then go. Mas nesta situação você pode usar so também. So go.

So: efeito ou conclusão.
Usamos so para ligar a causa com o efeito. Estava com fome, então comi. I was hungry so I ate. A loja não estava dando dinheiro. Portanto, ele resolveu fechá-la. The store wasn't making money so he decided to close it.

Erros comuns
*I was thirsty then I drank some water quer dizer que estava com sede e depois disso tomei água (ordem temporal). Na realidade, eu estava com sede e por isso tomei água (causa e efeito). A forma correta seria I was thirsty so I drank some water.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Home Teacher?




Para entender o significado de dois substantivos seguidos em inglês, começamos no fim e andamos para trás. No caso, home teacher = teacher (who teaches) at home = professor que dá aula em casa. Agora só sabemos pelo contexto se a home em pauta é do aluno ou do próprio professor. Você pode adquirir este modelo pelo preço módico de R$ 589 à vista ou 12 x R$ 49.08. You can buy this model for the low, low price of just R$ 589 cash or in twelve easy instalments of R$ 49.08. Que pechincha! What a deal! E posso garantir que ele nunca vai pedir aumento ou ficar doente.


Theater /θIY ə dər/
De fato, trata-se de um home theater. No inglês americano, cinema é movie theater, então estamos nos referindo aqui a um cinema doméstico. É mais uma palavra inglesa que mudou sua pronúncia quando se naturalizou brasileira. Em inglês, o "th" tem um som que não existe em português. Você coloca a ponta da sua língua entre os dentes e sopra. O símbolo deste fonema no IPA, International Phonetic Alphabet = Alfabeto Fonético Internacional é bem ilustrativo. Lembra justamente a ponta de uma língua assomando de uma boca: θ.


O "ea" aqui, excepcionalmente, é dois sons /iy/ e a vogal /ə/, e /t/ antes de /iy/ em português (no Brasil, pelo menos, e nem sempre) se converte em /tsh/, como em Tico Tico no Fubá. O segundo "t" em theater, entre vogais, era para ter um som que lembra um "d" apressado. De lá é um passo para "tchitcha" e a placa da Carrefour School of English.

Teacher /TIY tchər/

O "t" inicial em inglês é sempre o "t" de tatu. Para fazer esse som, toque o céu da frente da boca com a ponta da língua, deixe o ar acumular um pouco, e sopre. O "ch" é na realidade dois sons feitos ao mesmo tempo: /t/ + /sh/. O "e" em "er" é pronunciado no meio da boca; como aparece numa sílaba não enfatizada e antes do "r", é realmente uma vogal meio-boca, a vogal em but, love e come, mas bem mais rápida. O "r" é um rápido levantamento da ponta da língua.


Theater e teacher, em inglês pelo menos, são bem diferentes.

Soletrando! A pronúncia de 'gh"

O digrafo "gh" tem o som de /g/ no começo de uma sílaba, o som de /f/ no final de uma sílaba e é mudo antes de uma consoante e infrequentemente no final de uma sílaba. Quando o g vem no final de uma sílaba e o h no começo de outra numa palavra composta, as duas letra se pronunciam /g/ /h/.

No começo de uma sílaba
Em palavras como ghost, ghoul, ghee (uma palavra indiana: manteiga derretida para cozinhar), ghetto, aghast e Afghan, o "gh" é um /g/.

No final de uma sílaba
Aqui, o "gh" costuma ser mudo, como em thorough, although, through, borough, thigh, high, slough, bough; mas algumas poucas palavras, bem comuns por sinal, tem a pronúncia de/f/: rough, tough, laugh, enough, cough. Quando se adiciona algum sufixo, a pronúncia do "gh" não muda, como em roughly e thoroughly.

Na palavra hiccough = soluço, o "gh" tem o som de /p/. Também pode ser soletrada como hiccups.

Antes de um "t"
"Gh" é mudo em palavras onde aparece antes de um "t". Alguns exemplos mais comuns são thought, bought, caught, fight, fought, sight, light, fright, height e weight.

Na junção de palavras
Quando o "g" vem no final de uma palavra e o "h" no começo de outro, as duas letras mantém suas pronúncias normais. Alguns exemplos: bigheaded, bigmouth, foghorn, leghorn.



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Grow vs. grow up

Grow e grow up, apesar das semelhanças, não são sinônimos. Johnny is growing up = Johnny está ficando adulto, mas não tem como dizer *The grass is growing up =A grama está ficando adulta.

Grow

Crescer, um verbo sem objeto, significa aumentar em tamanho, volume ou estatura e to grow também pode ter esse significado. O trigo está crescendo. The wheat is growing. Meu filho Jimmy parou de crescer. My son Jimmy has stopped growing. To grow também pode mostrar uma mudança de estado. Está ficando tarde. It is growing late. Susan cansou das desculpas dele. Susan grew tired of his excuses. Sinônimos de grow neste sentido, bem mais usados, são become ou get. It's getting/becoming dark. Susan became/got tired of his excuses.

To grow também pode significar fazer crescer ou deixar crescer, e aí um objeto é indispensável. O fazendeiro cultiva maçãs. The farmer grows apples. Billy está deixando a barba dele crescer. Billy is growing a beard.

Grow up


Grow up é ficar adulto e se aplica apenas a pessoas e às vezes animais. Grow up, um verbo frasal, tem que ser encarado como um verbo só, como se fosse uma palavra e não duas. Não é a soma de grow e up (ou seja, não significa "crescer para cima").

As crianças ficam adultos bem depressa. Kids grow up fast. Cresça e apareça! = Grow up! O que você quer ser quando crescer? What do you want to be when you grow up? Um adulto = a grownup. Adultos esquecem os problemas que tiveram quando eram crianças. Grownups forget the problems they had when they were children. Grown-up também pode ser um adjetivo que significa maduro. Ela parece muito mais madura agora do que quando tinha 12 anos. She looks a lot more grown up now than she did when she was 12.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

May be or Maybe?

Para ver uma versão desta postagem em português, clique aqui:
http://georgeroberts.blogspot.com/2011/10/may-be-ou-maybe.html

May be or maybe? They look almost the same, but maybe is an adverb while may, by itself, is a modal verb. In fact, the adverb maybe originated from the expression "it may be" back in the 14th century.

Maybe + Subject + Verb. Maybe he likes baseball.
Maybe means possibly or perhaps. A sentence with maybe is not complete without a verb. For example: Maybe he likes baseball. The verb here is like. But maybe can be a one-word answer to a question. Are you going to the mall? Maybe. Short answers like this are very common in spoken English.

May + infinitive without to = He may go.
May means "will possibly". He may go to the party = He will possibly go to the party. May belongs to the club of modal auxiliary verbs, which also includes will, would, might, can, could, shall and should, among others. May, like other modals, is followed by the infinitive without to. For example, May I go to a movie tonight? It may rain this afternoon.

Maybe he'll go = He may go
So we can have two sentences with different structures that mean the same thing. Maybe I'll go to a movie tonight = I may go to a movie tonight. Both forms are equally correct and widely used, and both transmit the idea that something is possible but not certain.

12 de outubro: aqui e ali

Para o regozijo dos baixinhos, amanhã é o Dia das Crianças no Brasil. Essa data também é comemorada nos Estados Unidos, mas não é um feriado oficial (pelo menos na maior parte do pais) e o motivo da comemoração é outro - não tem a ver com crianças ou Nossa Sra. de Aparecida.

Clique aqui para uma explicação em português: http://georgeroberts.blogspot.com/2010/10/12-de-outubro-dia-de-colombo.html.
Uma versão em inglês se encontra aqui: http://georgeroberts.blogspot.com/2010/10/october-12-one-day-many-names.html.

Have a great and relaxing holiday tomorrow!

domingo, 9 de outubro de 2011

Live e alive ao vivo

É um fato: inglês não é uma língua fonética. Uma letra pode representar bem mais de um som, e um som pode ser representado por várias letras ou até combinações de letras. Mas isso talvez não seja um motivo para chorar. Esta "flexibilidade" possibilita diferenciações sutis que não seriam possíveis se a regra "um som para cada letra e uma letra para cada som" fosse observada ao pé da...letra.

O verbo to live
Live é, na realidade, duas palavras. Como verbo, significa viver ou morar. Moro no Brasil: I live in Brazil. Vivo bem. I live well. Live também pode significar sobreviver. Ele não vai morrer, não. He'll live. Quando live é um verbo, a vogal no meio é um i bem curto e relaxado. É o i em Bill, little, hill, kick, e miss. O símbolo fonético para esse som é/ɪ/. Essa regra também vigora para os derivados do verbo live, como living room, lived, relive.

O adjetivo live
Mas live pode também ser adjetivo. Live = vivo. Um animal vivo = a live animal. Quantas vezes a gente não vê o dizer "Live" no canto da telinha durante um jogo de futebol? Pois é. Quer dizer que a cobertura está sendo feita ao vivo e em direto: Live and direct. Mas live também pode ser letal. A live wire é um fio que está eletrificado. Cuidado! Careful! Nos esportes uma bola em jogo é a live ball. Munições capazes de explodir: live ammunition. A pronúncia de i no adjetivo live é o diftongo /ay/. É a vogal que distingue o verbo live /lɪv/ do adjetivo live /layv/ .

Alive
Outro adjetivo bem parecido com live é alive /əLAYV/. Esse símbolo /ə/ representa o som em a book, alone, but, come, love. Como live, alive significa vivo. Meu avô morreu, mas minha avó continua viva. My grandfather died, but my grandmother is still alive. Uma peculiaridade deste adjetivo é que não pode ser usado diretamente antes de um substantivo. Não podemos dizer *an alive animal, ou *an alive wire, por exemplo. Temos que usar live nestas situações. Nesse aspecto alive lembra outros "a-adjetivos" como awake =acordado e asleep = dormindo, que também tem que aparecer depois do verbo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Muitas maneiras de traduzir muito

Muito pode ser usado como um adjetivo com substantivos contáveis e não contáveis. Ela tem muitos amigos. Ele tem muito poder. Mas muito também funciona como advérbio, modificando ou um adjetivo (muito grande) ou outro advérbio (muito bem, muito rapidamente).

Very + adjetivo ou advérbio: very good, very fast
Antes de adjetivo ou advérbio, muito se traduz por very. Ele trabalha muito depressa. He works very fast. Aquele é um restaurante muito bom. That is a very good restaurant. Very não pode preceder um substantivo diretamente. *Jerry has very friends. CORRETO: Jerry has many friends ou Jerry has a lot of friends.

A palavra usada em inglês para traduzir muito antes de um substantivo varia segundo o tipo de frase: afirmativa, negativa ou pergunta, e segundo o tipo de substantivo: contável ou não-contável. Um substantivo contável é uma unidade; tem singular e plural. Alguns exemplos: uma frase, tres garotas, um milhão de pessoas. Um substantivo não-contável é uma massa não diferenciada e não tem plural. Exemplos são leite, carne, felicidade, ouro e açúcar. Vale dizer que dependendo das circumstâncias, um não-contável pode se transformar em contável. Por exemplo, entro num bar e tomo tres uísques, duas cervejas, e um café. Carne de porco e carne de vaca são carnes.

A lot of/lots of + plurais e não-contáveis
A lot of/lots of é a única escolha em afirmações com não-contáveis. Ele tem muito dinheiro. He has a lot of money. Também é uma opção, mas não a única, em afirmações com contáveis. Elas tem muitos amigos. They have a lot of friends. Um variante de a lot of é lots of. He has lots of money. They have lots of friends. A lot of/lots of também podem ser usados en negativos e perguntas, tanto com contáveis como com não-contáveis, mas mais uma vez não são a única opção. Ele não tem muito dinheiro. He doesn't have a lot of money. Ele tem muito dinheiro? Does he have a lot of money? Ele não tem muitos amigos. He doesn't have a lot of friends. Ele tem muitos amigos? Does he have a lot of friends?

Many + plurais em afirmações, negativas e perguntas
João tem muitos amigos. John has many friends. Mário não tem muitos amigos. Mario doesn't have many friends. O Mário tem muitos amigos? Does Mário have many friends?

Much + não-contáveis em frases negativas e perguntas
Ele não tem muito dinheiro. He doesn´t have much money. Ele tem muito dinheiro? Does he have much money? Antes de não-contáveis, a única situação na qual much não costuma aparecer é em frases afirmativas. Aí a preferência é a lot of/lots of. Ele tem muito dinheiro. He has lots of money. He has much money faz sentido mas soa estranho.

Recapitulando:
Podem ser usados com plurais: a lot of/lots of, many
Podem ser usados com não-contáveis: a lot of/lots of, much
Podem ser usados com afirmações: a lot of/lots of, many
Podem ser usados em frases negativas: a lot of, lots of, many, much.
Podem ser usados em perguntas: a lot/lots of, many, much

Much + comparativos
Como muito em português, much pode ser usado com comparativos. Muito melhor = much better. Muito mais rapidamente = much faster ou much more quickly.

Very much/very many
Para enfatizar much e many, podemos empregar very, desta vez desempenhando um dos papéis legítimos dela como modificadora de adjetivos. Ele tem muitíssimos amigos. He has very many friends. Ele não tem muito dinheiro assim. He doesn't have very much money. Very much também age como um advérbio. Muito obrigado. Thank you very much. Tom estava totalmente em controle da situação. Tom was very much in control of the situation.

domingo, 2 de outubro de 2011

Actually realmente não é atualmente

O inglês actual e o português atual (ou em Portugal, actual) parecem iguais, mas mais uma vez as aparências enganam.

Actual, actually, to actualize vs. to update
Em inglês, actual significa real, efetivo ou verdadeiro. The projected cost of the dam was $ 20 million. The actual cost was $40 million. O custo projetado da barragem foi $20 milhões. O custo efetivo foi $ 40 milhões. This learning is an actual physical process. Esta aprendizagem é realmente um processo físico.

Actually, como era de esperar, significa na realidade ou efetivamente. É frequentemente usada para contradizer uma informação anterior . A:Bill is 18. B:No, he's actually 20. He only looks 18. A: O Bill tem 18 anos. B: Não, na realidade, ele tem 20. Ele só aparenta 18. Actually também se usa para contrariar uma expectativa. You hated that movie, didn't you? Actually I quite enjoyed it. Você detestou aquele filme, não é? Gostei muito, na realidade. Além disso, actually mostra surpresa: He actually ate that grasshopper! Ele realmente comeu aquele grilo!

O verbo actualize, não muito usado, significa tornar real, efetivar. We need to actualize our ideals. Precisamos efetivar nossos ideais. Nada tem a ver com o português atualizar = to update. I need to update my version of Windows Media Player. Preciso atualizar minha versão de Windows Media Player. Atualização = an update. The client wants the latest update of this program. O cliente quer a última atualização desse programa.

Atual, atualmente
Atual = present, current. O presidente atual do Brasil é Dilma Roussef. The present (ou the current) president of Brazil is Dilma Roussef.

Atualmente = currently, presently. Bill Clinton é atualmente o presidente da Fundação Clinton. Bill Clinton is currently the president of the Clinton Foundation.

You are currently reading my blog. Thank you! Atualmente você está lendo meu blog. Obrigado!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bitch = prostituta?

Muita gente acha que bitch é uma prostituta, mas isso geralmente não é o caso. Como substantivo, bitch é uma mulher mal-humorada, agressiva ou de quem temos raiva. Afinal se ela é tão mal humorada assim, é normal termos raiva dela. Bitch seria cobra, megera ou vaca, conforme a preferência do freguês (ou freguesa). My boss is really a bitch. Minha chefe é uma cobra e tanto. Get out of here, bitch! "Sai daqui, sua vaca!" Vale dizer que uma forma masculina para bitch não existe, do mesmo jeito que não existe megero ou vaco.

Son of a bitch = filho da puta. That politician is a real son of a bitch. Esse político é um filho da puta. Como em português, existem alguns eufemismos para son of a bitch. O mais frequente é a abreviação s.o.b. = ess oh BIY. My English teacher is an s.o.b. Meu professor de inglês é um filho da mãe. Outro eufemismo, mais fraco ainda, é son of a gun - filho de uma arma (também não faz o menor sentido em inglês). That son of a gun stole my wallet. Aquele filho de uma égua roubou minha carteira.

A bitch também pode ser alguma coisa difícil. This math problem is a bitch. Este problema de matemática é um saco. For some people, life is a bitch. Uma forma um pouco mais agradável de expressar isso é a bear = um urso. This homework is a bear. Esta tarefa de casa é um saco.

Para algumas pessoas, a vida é um saco. Mas para quem mora no litoral, Life is a beach = A vida é uma praia. Cuidado com as vogais de bitch e beach. O ea em beach tem a pronúncia /iy/. Esta vogal é alta, bem tensa, e bem prolongada. Você até faz uma careta quando a pronuncia. O i em bitch é bem mais curta e em comparação com /iy/, é bem menos tensa. O problema é que em português essa distinção geralmente não afeta o significado de uma palavra e as pessoas não prestam muita atenção a ela.

O significado original de bitch é cadela ou cachorra (uma animal, compreende-se) mas devido aos desagradáveis significados humanos, já caiu praticamente em desuso. A forma preferida hoje nos Estados Unidos é female dog = cachorro feminino.

Quando alguma situação é uma bitch, é natural que as pessoas reclamam. Dai vem o verbo to bitch = reclamar. Os reclusos estão reclamando da péssima comida na cadeia. The prisoners are bitching about the terrible food in prison. Alguém que está reclamando demais da conta está bitching and moaning. (reclamando e gemendo). Quit bitching and moaning and wash the dishes, boys! Parem de reclamar e lavem os pratos, meninos!

Uma pessoa (geralmente mas nem sempre feminina) agressiva, maliciosa, reclamona, que bitches and moans com frequencia pode ser caracterizada pelo adjetivo bitchy. O calor torna ele muito reclamão. The heat makes him bitchy.

domingo, 25 de setembro de 2011

O detective de palavras: www.word-detective.com

Inglês, como qualquer um que usa ou está aprendendo essa língua pode dar fé, está cheio de expressões à primeira vista inexplicáveis. Porque aquele computador do tipo iPad se chama tablet? O que é bric-a-brac? Qual forma é mais recomendável para aquele famoso condimento à base de tomate: ketchup ou catsup? E por que? Se alguém te tem "dead to rights", o que você deve fazer?

São perguntas instigantes (para um certo tipo de pessoa, pelo menos), e o blog http://www.word-detective.com/ tem as respostas. E como o blog começou em 1995, já tem muitas respostas para dar. O nível é altíssimo. O autor, Evan Morris, é um etimólogo intrépido que mostra com muito bom humor como as expressões vão mudando desde sua origem até nossos dias. Se você encontrar uma expressão interessante, você pode colocá-la na caixa de busca e procurar a história dela. Mas talvez seja mais gostoso simplesmente "folhear" o blog e parar aqui e ali.

Eu poderia te deixar em suspense, pedindo para você consultar o blog para saber as histórias de tablet, bric-a-brac, catsup/ketchup, e dead to rights. Mas este não é um blog cruel. Portanto, aqui estão umas explicações resumidas que não fazem jus ao original. Para a história completa, acesse a primeira página do blog, clique nos links, e divirta-se!

Tablet vem da palavra francesa tablette, um diminutivo de table, que era uma mesa ou superfície para escrever. No começo, tablet significava um bloco ou páginas para escrever, mas o significado expandiu para incluir qualquer coisa chata, quadrada e pequena (como minha ex-namorada?) Desde o século 15, tablet passou a ser um comprimido ("comprimido" nessa forma quadrada e chata), um significado que conserva até hoje. O tablet computer apareceu pela primeira vez em 1984, mas só se popularizou recentemente. O jornal tablóide tabloid vem desta mesma raiz. É a combinação de tablet + oid, um sufixo médico que quer dizer semelhante. Ou seja, um tablóide é um jornal numa forma quadrada e pequena (em comparação com um jornal de tamanho normal).

Bric-a-brac é uma coleção de ítens vagamente interesssantes e agradáveis sem muita importância e usados para decoração. Vem do francês "de bric ou de broc", que pode traduzir-se como "ao acaso", "um pouco aqui e ali" ou como uma frase sem significado que expressa confusão.

Catsup ou ketchup? As duas formas são usadas atualmente, e vários soletramentos tem surgido ao longo dos anos: ketsup, ketchup, catsup, catchup. A palavra original, ke-chap, veio da China via Malásia, e significava molho para peixe. Os ingredientes desta iguaria variaram muito até chegar à composição com predominância de tomate que colocamos em cima dos nossos hotdogs hoje em dia.

Dead to rights. They caught him dead to rights. Ele foi flagrado. Foi uma detenção totalmente justificada. If they caught you dead to rights = se eles te flagraram, não adianta espernear ou tentar resistir.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Uma house nem sempre é uma home

Em português, casa tem dois significados principais. Pode ser um tipo específico de moradia, como bangalô (bungalow), sobrado (2-story house) ou geminada (townhouse). É diferente de um apartamento (apartment) ou barraca (tent). Por exemplo, meus vizinhos acabaram de construir uma casa - física - (um sobrado, no caso) no quintal do lote deles. Mas casa também pode ser um lar e esse lar pode ser uma casa, um apartamento ou um quarto alugado. Pelo contexto dá para entender qual é qual e às vezes nem se precisa diferenciar.

Em inglês, a casa física é house e o lar é home.

House

Ele comprou uma nova casa na Rua 5. He bought a new house on 5th Street. Eles foram visitar a casa que estão pensando em comprar. They went to see the house they're thinking of buying.

Na arena política, o Congresso americano tem duas câmaras (ou houses): the House of Representatives equivalente à Câmara de Deputados e o Senate (Senado). Quando se refere à House, com maiúscula, trata-se da House of Representatives. The Senate = The Upper House (Câmara Alta).

Em Las Vegas, Macau, Estoril, etc, the house é o cassino. In gambling, the house always has an advantage. Na jogatina, a casa sempre tem uma vantagem.

Como um adjetivo, house significa alguma coisa própria de uma empresa - da casa. I usually drink the house wine at Portuguese restaurants. Costumo tomar o vinho da casa num restaurante português. (É bom e mais barato!) Um boletim para circulação interna numa empresa se chama house organ, termo também adotado em português. House rules - regras da casa. E house music?
Segundo a Wikipédia,



é um estilo musical surgido em Chicago, nos Estados Unidos, na primeira metade da década de 1980. A origem do nome se deu devido a esse novo estilo de dance music que surgia e começava a ser tocada no night club chamado Warehouse. Os frequentadores da casa iam às lojas de discos a procura das músicas que ouviam no club e pediam por "aquela música da Warehouse", até as lojas começarem a encurtar o nome de Warehouse Music, para apenas house.
Aquela música da Warehouse se chamava "that Warehouse music", aquela música da Warehouse, e não that music warehouse (aquela armazém de música). Numa combinação de substantivos, de Warehouse e music neste caso, o primeiro substantivo age como um adjetivo qualificando o segundo, que é o substantivo propriamente dito.


On the house: de graça, por conta da casa. Claro, house wine geralmente não fica on the house. Acho que nunca ouvi It's on the house enquanto estava almoçando ou tomando um drinque, mas a esperança é a última que morre = hope springs eternal, não é?


Como verbo, to house = alojar. Aqui, o s tem o som de z. Esse galpão vai alojar uma fábrica. That warehouse is going to house a factory. Note que to house não precisa ser numa residência. Alojamento ou moradia = housing. A maioria das universidades nos Estados Unidos tem um serviço de alojamento para os alunos. Most US universities have a student housing office. A moradia está ficando cada vez mais barata nos Estados Unidos. Housing is become cheaper and cheaper in the United States.


Em português, podemos dizer: Estou pintando minha casa e a casa em questão pode ser qualquer moradia. Em inglês, no entanto, temos que ser mais específicos. Só usamos house quando se trata de fato de uma casa física. Diríamos: "I'm painting my house/apartment/houseboat/tent." Pode-se falar home neste contexto, mas talvez seja mais frequente usar place com o mesmo sentido de casa (qualquer moradia) em português. I'm painting my place. Come over to my place. A propósito, o verb to come over quer dizer vir para minha casa. Por que você não passa lá em casa hoje a noite? = Why don't you come over tonight?


Home

Home é uma palavra polivalente: pode ser usada como um substantivo, como um adjetivo, como um advérbio estático e de movimento e até como um verbo.


Como substantivo


An Englishman's home is his castle. A casa de um inglês é o castelo dele. Ou seja, ele volta para casa e não quer ser incomodado. Muitos americanos tomam a mesma atitude. Home também pode ser um lar para uma população específica, por exemplo, an old-people's home = um lar para idosos, an abandoned children's home = um lar para crianças abandonadas.


He's at home


At home = em casa é usado com verbos que não mostram movimento para algum lugar. Pode ligar para ele. Ele está em casa. You can call him. He's at home. Ele trabalha em casa. He works at home.


He's home (sem at)


Podemos, mas não somos obrigados, a omitir at com os verbos to be e to stay. John´s home. John está em casa. Mary stays home all day. Mary fica em casa o dia todo. Mas podemos igualmente dizer John's at home e Mary stays at home all day.


He's going home


Para mostrar o rumo de casa, se dispensa o "to". Ele vai para casa. He is going home (não *to home e enfaticamente não *to the home). Podemos usar outros verbos de movimento, como to walk, to run, to drive, to head (rumar para), to fly. Tommy walks home from school every afternoon. Tommy volta para casa a pé toda tarde.






domingo, 18 de setembro de 2011

A pronúncia de "oo"

Obrigado ao leitor AJ por sua pergunta sobre a pronúncia de "oo". Compilei a lista seguinte à base de sites de rimas e soletramentos. Determina a pronúncia deste digrafo o que vem depois: ou nada, ou uma consoante. "Oo" tem cinco pronúncias possíveis. Para representar esses sons, lancei mão do Alfabeto Fonético Internacional, mais conhecido por suas siglas em inglês: IPA (International Phonetic Alphabet).

Os símbolos fonéticos
O u: é a vogal de food, lose e tooth, e o u de público e múcido, e é de longe a pronúncia mais usada para "oo". É a única pronúncia possível antes de 9 consoantes e em sílabas que não terminam em consoantes. É a realização mais importante antes de f, g e t e é possível antes de r e k.

O ʊ é a vogal em put e could. É encontrada em algumas palavras antes de f, g e t e em muitas antes de k.

O ʌ é a vogal em mud, duck, cut. Eu só me lembro de duas palavras onde o "oo" representa esse som: blood e flood.

oʊ é a vogal em low, no, cold. É muito usado antes de r, e só.

ooʊ. Na realidade, são dois "o's" seguidos em palavras do latim com o prefixo co-.

Uma pronúncia: u:
Quando "oo" aparece sem consoante no final: boo-hoo, hullaballoo, loo, coo, goo
antes de b: boob, booby, boo-boo
antes de j: boojum (raríssimo)
antes de l: fool, cool, hooligan, schooling
antes de m: room, zoom, vroom, broom, loom
antes de n: moon, bassoon, soon, lagoon
antes de p: coop, droop, loop, pooper, oops
antes de s: choose, loose, caboose, zoos
antes de v: groove, hoover
antes de z: booze, doozy, ooze

Duas pronúncias:
u: e ʊ
antes de f:
u: loofa, aloof, roof
ʊ woof, woofer, hoof (excecões)

antes de g:
u: google, stooge
ʊ: boogie woogie; boogeyman (exceções)

antes de k:
u: kook, spook,(exceções)
ʊ: book, look, cook, hook, crook

antes de t:
u: shoot, coot, moot (quase todas)
ʊ; foot, soot

Tres pronúncias:

"oo" antes de d:
ʌ blood, flood
u: food, mood, oodles
ʊ good, wood, hood

antes de r:
u: poor, moor,boor
oʊ floor, door,
ooʊ coordinate, cooperate

Com a preponderânia de u: nestes contextos, se você não sabe ao certo como pronunciar o "oo", o chute mais certo seria u:.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Texto e tradução: leitura prazerosa

A leitura é uma arma indispensável na conquista de uma língua estrangeira, mas frequentemente o que deveria ser um prazer torn-se uma agonia por causa do excesso de palavras novas. O uso de português ao lado de inglês ameniza bastante o processo.

Para qué textos paralelos?
Muita gente num site que adoro, http://www.how-to-learn-any-language.com/, recomenda o uso de textos paralelos quando você quer ler inglês, no nosso caso, ou qualquer língua-alvo. Do lado de cá, o texto em inglês; do lado de lá, o equivalente em português. A sua compreensão do português se transfere para o inglês. Se você se depara com alguma palavra que não entende, é só ler o parágrafo em português e o significado (às vezes) se esclarece sem recurso ao dicionário. Você aprende muita coisa sem perceber e reforça a gramática que você já sabe. Sempre que você se expõe a uma palavra num contexto diferente, você aumenta seu conhecimento dessa palavra, que fica cada vez mais disponível para uso ativo. E esse "jogo de palavras" costuma ser divertido, especialmente se o texto em si é interessante para você.

Alguns recursos

Já te convenci, não é? Agora vamos ao que interessa: sites onde você encontra esses tipos de texto. Infelizmente, não são abundantes.

Daisy Stories
Poucos sites incluem português no leque de opções mas http://www.lonweb.org/daisy/ds-brasilian-bookworm.htm disponibiliza quatro pequenas histórias em formato paralelo.

Unbound Bible
Uma outra opção, sensacional para quem gosta da Bíblia, é the Unbound Bible:
http://unbound.biola.edu/ Em inglês existem várias versões da Bíblia. Uma versão bem simples neste site é Basic English Bible. Outra tradução em linguagem atual é a New American Standard Bible. Você escolhe o livro ou versículo e até 4 traduções diferentes em colunas paralelas. Desse jeito você pode comparar não só o inglês e português, mas também uma tradução para inglês com outras.

Linguee
http://www.linguee.pt/ingles-portugues/traducao/parallel+text.html. é um site para tradutores, não precisamente para estudantes de línguas. Você digita uma palavra na caixa de busca e aparece uma série de extratos de documentos onde aquela palavra ou frase aparece. Os textos são desconexos e secos, mas é possível gerar uma infinidade de parágrafos paralelos. Talvez a maior utilidade deste site seja a possibilidade de ver o uso de uma frase ou palavra, e a tradução dela, em vários contextos. Para ver como funciona, tecle algumas palavras como Brazil, corruption, Sarkozy, global warming na caixa de busca. Saem textos paralelos bastante formais que podem ser úteis para quem mexe com alguma área técnica como diplomacia, ciências contábeis, ou ciência política.

Google Translator - Não dá ainda
Google Tradutor é uma ferramenta muito útil para o tradutor. Você bota o texto a ser traduzido de um lado, e sai uma tradução do outro. Quando traduzo artigos científicos ou postagens deste blog, o Translator/Tradutor me economiza muito tempo. Infelizmente, sempre sai muita coisa errada que precisa ser refeita. Por isso, não posso recomendá-lo como uma fonte confiável para textos paralelos, pelo menos por enquanto.

Agência Brasil - A mesma notícia em inglês e português
A Agência Brasil, agência noticiosa do governo brasileiro, traduz alguns dos seus artigos para inglês. A tradução não é necessariamente totalmente ao pé da létra - são feitas pequenas mudanças para melhorar a legibilidade em inglês - mas o conteúdo é o mesmo. Aqui está o endereço das notícias em inglês da Agência Brasil: http://agenciabrasil.ebc.com.br/newsinenglish . No fim da reportagem vem um link, infelizmente não clicável, para o artigo original. Você pode copiar esse link e colocar na caixa de busca para chegar até a versão em português.

Mas as duas versões não são publicadas em colunas paralelas, evidentemente. Não tem nenhuma finalidade educativa e se destinam a públicos diferentes. A boa notícia é que por meio do Word, é relativamente fácil remediar essa situação. Aparentemente Blogger não deixa manter as colunas (quem sabe, futuramente?), portanto aqui estão uma reportagem em inglês seguida pela original em português:

NEWS IN ENGLISH – Long deployments of soldiers in Rio slums becomes a burden for the Army
16/09/2011 09:35
Enviado por allen, 16/09/2011 - 9h35
ArmyRio de JaneiroUPPnationalslum violence
Vladimir Platonow Reporter Agência Brasil


Rio de Janeiro – Conflict resolution is not the strong suit of soldiers in the Brazilian army, says Jorge da Silva, a political scientist, who is also an Army reserve colonel with experience in the Military Police and as a state secretary for Human Rights (2003-06). That is the reason, he says, that prolonged duty in Rio de Janeiro slums, as part of the government program to take the slums back from drug lords, known as UPPs, is doing harm to the Army’s image.


According to Silva, there will serious problems between local residents and soldiers. The Army, Silva points out, was called up to take part in the UPP in a mission that was supposed to end this year, but has now been extended to June 2012.


Silva says he is skeptical about the real value of soldiers in slums. Born and raised in the area known as Complexo do Alemão where soldiers and inhabitants had misunderstandings last week that turned into open conflict and then riots, Silva says soldiers are simply not trained for mediation.


“Mediation is not the job of the Army. Sending troops into a situation like this is only going to compromise the authority of the troops and tarnish the image of the Army as an institution. What they are being asked to do in just not in the nature of soldiers,” said the former secretary who is now a professor of public order, police and human rights at the Rio de Janeiro State University (“Uerj”).


“The key to pacification of communities is mediation. The Military Police should do this job, but they see themselves as a military force. Up there in the Complexo do Alemão, the task is to mediate and administer conflicts. When you think of the Army you think in terms of war where the logic is to settle matters with force. The police cannot operate under those terms. Rather than a military model, they must follow a mediation model.”


Jorge da Silva says he is not happy with soldiers from the Armed Forces in slum areas because they are not trained for that kind of work. “Police are not soldiers. Soldiers are not police. When you try to turn a soldier into a policeman, it will turn out wrong. That is what is happening,” he concluded.


Allen Bennett – translator/editor The News in English

Permanência no Complexo do Alemão pode desgastar Exército, diz ex-secretário
10/09/2011 - 10h08
Nacional
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A permanência do Exército nas favelas do Complexo do Alemão pode comprometer a imagem da instituição, que não é treinada para a mediação de conflitos. A avaliação é do cientista político Jorge da Silva, coronel da reserva e ex-chefe do Estado Maior da Polícia Militar (PM), que ocupou o cargo de secretário estadual dos Direitos Humanos do Rio entre 2003 e 2006.

A missão do Exército, que deveria se encerrar este ano, foi prolongada até junho de 2012, a fim de permitir a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), gerida pela PM. Nascido e criado na região onde se instalou o conjunto de favelas do Alemão, o coronel se diz cético quanto à presença das tropas militares no local, principalmente depois dos incidentes envolvendo soldados e moradores.

“O Exército não foi feito para mediação. Manter o Exército ali vai, simplesmente, desgastar a autoridade da tropa e acabar atingindo a própria imagem da instituição. A natureza deles não é essa”, alertou o ex-secretário, que atualmente é professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), onde coordena estudos sobre ordem pública, polícia e direitos humanos.

Para ele, a chave no processo de pacificação das comunidades é a mediação. “A PM ainda se vê como uma força militar e não como uma força de mediação de conflitos. Lá no Alemão, tem que mediar e administrar o conflito. Quando você raciocina em termos de guerra, quer acabar com o conflito na base da força. A polícia não pode ser capacitada dentro desse modelo militar de autoridade, mas de um modelo de mediação.”

Jorge da Silva não vê com bons olhos a presença de militares das Forças Armadas nas comunidades, pois acredita que eles não são treinados para isso. “Polícia não é Exército, nem Exército é polícia. Quando a polícia quer virar Exército, dá tudo errado. Quando o Exército quer virar polícia, também dá tudo errado. É o que está acontecendo.”

Edição: Graça Adjuto

Agora, para colocar esses dois artigos em colunas paralelas, crie um documento Word e clique em "Tabelas". Aí, clique em "inserir" e no menu à direita clique em "tabelas". Aberta a caixa "inserir tabela", sob "tamanho da tabela" mude o número de colunas para 2 e aperte "OK". Vão aparecer duas colunas paralelas com duas células cada. Salve a versão inglesa do seu artigo e coloque na primeira célula. Vai encher a primeira coluna e fluir para outras páginas. Faça o mesmo para a versão em português, ajuste os parágrafos, e voilá! você tem a mesma reportagem em duas línguas e duas colunas paralelas.

Eu adoraria ouvir suas experiências com textos paralelos. Se você conhece mais recursos desse tipo, por favor me deixe um comentário. Obrigado!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Town vs. City

Town vs. City
Existe uma diferença qualitativa entre uma city e uma town. Uma city é um aglomerado urbano relativamente grande; uma town é bem menor. São Paulo, SP é uma city; de fato, é uma metropolis ou até uma megalopolis. Guapó, GO, com 15 mil habitantes e sem muita estrutura, é uma town. Frank Sinatra canta sobre como ele perdeu aquela little town blues = tristeza de cidadezinha pequena, quando mudou para New York, New York.

Downtown
Mas em muitas colocações e expressões idiomáticas, town de fato se refere a cidade. Downtown é normalmente o centro de negócios e comércio. Pode indicar movimento ou não. Posso dizer I live downtown - Moro no centro - (sem movimento) ou I'm going downtown today - Vou para o centro hoje. Downtown também pode ser usado como um substantivo ou adjetivo. O centro é feio = The downtown is ugly (substantivo). O centro de Cincinnati é de fácil acesso : Downtown Cincinnati is easy to reach (downtown, um adjetivo aqui, qualifica Cincinnati).

Uptown, Old Town, Town House, In Town, Out of Town
Uptown é uma parte mais residencial da cidade, mais chique (more upscale) do que o downtown. Quem não se lembra da canção do Billy Joel, onde o amor dele é uma uptown girl mas ele próprio é um downtown man? (Resposta: quem tem menos de quarenta anos. A canção foi gravada em 1983). Uma parte do centro de Portland, Oregon se chama Old Town (no caso, Bairro Velho). Uma casa geminada, que com certeza se vê principalmente em cidades, se chama town house. Do outro lado da cidade = on the other side of town (mas também se pode dizer on the other side of the city. In town - na cidade. Ele é novo na cidade - He's new in town. Out of town - fora da cidade, viajando. John can't talk with you right now. He's out of town. John não pode falar com você agora. Está viajando. He lives way out of town. Ele mora bem fora da cidade. A cidade onde voce nasceu, independente do tamanho, é sua hometown. I was born and grew up in Salem. It's my hometown. Nasci e fui criado em Salem. É minha cidade natal.

____town
Town faz parte dos nomes de muitas cidades ao redor do mundo, como por exemplo Cape Town (Cidade do Cabo), África do Sul; Georgetown, Guyana. Cooperstown, New York, Germantown, Pennsylvania e muito mais.

The most ____ ou the ____est in town (superlativo)
The (superlativo) in town é muito usado no mundo publicitário. Starbuck's has the best coffee in town - Starbucks tem o melhor café da cidade. Ross Dress for Less has the lowest prices in town - Ross Dress for Less (uma loja de roupa descontada) tem os preços mais baixos da cidade.

(Brought to you by George's Blog: the most charming English blog in town. Um ofrecimento George's Blog: o mais charmoso blog sobre inglês da cidade!)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fluente em três meses - é possível sim

O poliglota irlandês Benny Lewis está levando a vida que pediu a Deus. De três em três meses, mais ou menos, ele embarca num vôo (econômico - consegue excelentes descontos), chega num novo país onde ele conhece quase ninguém e começa logo a falar mais uma língua estrangeira. A meta dele? Alcançar fluência em (03) três meses, sem professor e praticamente de graça. Uma meta desse tamanho pode parecer um absurdo. Afinal de contas, muita gente gasta uma grana preta com escolas de línguas com resultados pífios. Benny não só consegue, mas se diverte à beça, dançando, cantando na língua-alvo, frequentando festas e se colocando nas mais variadas situações.

Uma língua estrangeira em três meses - você duvida? (Estou parecendo um comercial.) Aqui está a prova: Benny falando oito linguas:
http://www.fluentin3months.com/language-hacking-guide/


Ele já estudou línguas tão díspares como tagalog, tailandês, tcheco, húngaro, a Língua Americana de Sinais (American Sign Language) e alemão e agora está tentando dominar Klingon - a língua do Mr. Spock em Star Trek. Como vai participar de um congresso de fãs do programa mais pela frente, talvez ele possa trocar algumas palavras na língua com Leonard Nimoy.

Basicamente, o método dele é falar apenas a língua-alvo desde o primeiro dia da sua estada em Budapeste, Berlim ou Bangcoque. Ele estuda gramática, mas só o necessário, sem complexos. Foge de anglófonos como o diabo da cruz. Enquanto voa paro o próximo destino, ele emprega uma técnica tão óbvia como genial: ele decora um bom livro de frases, de preferência com CD ou dicas de pronúncia, para dar o pontapé inicial à sua experiência. Confisso que já comprei vários desses livros, mas nunca sabia realmente o que fazer com eles.

O site do Benny, http://www.fluentin3months.com/, conta agora com um fórum onde você pode encontrar aquele americano ou neo-zelandês aprendendo português que quer trocar o inglês dele por seu português num "intercâmbio linguistico" pelo Skype, por exemplo. E se quiser todas as dicas mais entrevistas com alguns dos superheróis do mundo poliglota num recurso só, está disponível o Language Hacking Guide do Benny, um e-book que você pode baixar por um preço módico.

Se você quer ser um turista linguístico, ou simplesmente quer tornar seu inglês mais comunicativo, Fluent in 3 Months vai te mostrar o caminho das pedras.



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sábado, 10 de setembro de 2011

9-11

Acho que cada um de nós lembra onde estava e o que estava fazendo quando ficou sabendo dos atentados na terça-feira, dia 11 de setembro, 2011 = Nine eleven. Eram as 9 ou dez da manhã. Eu estava em casa e minha ex-esposa me ligou da Califórnia para me dar a notícia. Era muito difícil acreditar. Fui almoçar e no restaurante a TV só dava aqueles aviões derrubando as Torres Gémeas = the Twin Towers ou World Trade Center. Tinha medo de que só fosse o começo. Onde isso ia parar? Portland, minha cidade, por acaso?

No dia seguinte, uma simpática repórter do canal dois veio para ouvir a reação de um americano local aos acontecimentos - fiquei mundialmente famoso em Goiânia por 15 segundos. Eu me lembro que mencionei um nome até lá pouco conhecido: Osama bin Laden. Achava-se que era ele o responsável pelo desastre, disse.

Passados dez anos, eu e muitos outros temos nossas dúvidas. Apareceram muitos indícios de que aquele atentado não era a obra de uns árabes com cortadores de papelão que supostamente conseguiram não só burlar a defesa mais forte do mundo e derrubar o símbolo do capitalismo americano, as Torres, mas também atingiram o Pentágono (the PEN ta gon), sede da secretaria da defesa nacional e símbolo do poderio militar americano. A mídia padrão americana não tem tempo para o que qualifica de conspiracy theories, apesar dos fatos inconvenientes que vieram à tona nesse período e a destruição de evidências por parte das autoridades. A mídia brasileira faz eco dessa atitude, que é um ótimo motivo para você aprimorar seu inglês lendo mais sobre este caso na mídia alternativa. Por sua vez, os conspiracy theorists ou conspiracistas preferem se chamar de truthers, ou partidários da verdade.

Os truthers acham que várias evidências são the smoking gun ou arma fumegante = uma prova cabal de que a teoria oficial é falsa. Os truthers dizem que 911 was a false flag operation = uma operação pelo qual os responsáveis culpam outros, ou que era an inside job = um crime interno cometido pelo próprio governo americano. Quem tenta refutar ou debunk esse argumentos são os debunkers, e há muitos sites desse tipo. Alguns são disinfo sites = sites de desinformação que tentam desvirtuar os fatos. Há milhares de sites e centenas de livros sobre 911: é um caso complicadíssimo. Mas para mim, há pelo menos três fatos que derrubam a versão oficialista dos acontecimentos:

1. Building 7 = o Prédio 7. As duas torres foram pelo menos atingidas por dois aviões, mas Building 7 não foi atingido - caiu diretamente no chão na sua pegada - in its own footprint, exatamento como se tivesse acontecido uma demolição controlada.

2. Nos escombros se encontrou vestígios de um explosivo, nano-thermite, que teria enfraquecido o aço dos pilares e possibilitado uma demolição dos prédios. Só o governo, especificamente as forças armadas, tem acesso a este material. Não é um explosivo comum.

3. The dancing Israelis = Os israelenses que dançavam. Agentes do serviço de inteligência israelense Mossad disfarçados como trabalhadores de uma empresa de mudanças foram encontrados festejando e filmando os acontecimentos. Um deles declarou para um policial: We are not your problem. The Arabs are your problem. Nós não somos seu problema. Os árabes são seu problema. Depois dos eventos, o primeiro-ministro israelense Bibi Netanyahu declarou numa entrevista que o desastre foi "bom para Israel."

Não sabemos ao certo quem fez o 911. Um bom ponto de partida para quem gostaria de investigar esse assunto é o site http://www.whatreallyhappened.com/. Neste final de semana, WHR está cheio de flashbacks sobre o caso, resumos dos fatos mais pertinentes e comentários. Uma lista de artigos por tema se encontra aqui:
http://whatreallyhappened.com/WRHARTICLES/wrh_9-11_index.php.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Chutando a lata estrada afora: pushing with the stomach

Ultimamente na política americana à nivel federal, muita coisa tem sido deixada para resolver depois. Um exemplo que vem na mente é o recente embate entre o presidente Obama e os líderes do partido republicano no Congresso sobre o teto da dívida nacional que resultou na reclassificação das obrigações do Tesouro americano da categoria AAA para AA+ pela Standard and Poors, um desastre totalmente desnecessário. Nesta "solução", na realidade, nada foi resolvido. Instead of solving the problem by cutting expenses, they just kicked the can down the road. Em vez de resolver o problema cortando gastos, eles apenas empurraram o problema com a barriga.

Esta expressão ficou famosa relativemente recentemente. Não me lembro tê-la ouvido nesse contexto quando morava nos Estados Unidos até 1994. Mas aparece muito hoje em dia. Coloquei a expressão entre aspas em Google, que retornou 582.000 resultados - nada mal.

O significado até que é bastante transparente. Para se livrar temporariamente de uma lata, você a chuta para frente, rua abaixo, e deixa outra pessoa jogá-la fora definitivamente.

Considerando a inoperância do sistema político americano antes das eleições presidenciais de 2012, podemos esperar muito mais "chutação de lata" nos meses que vem no cenário político. Mas à nivel pessoal não: Don't kick the can down the road. Study English right now!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VOA News - Perfeito para este feriado!

Hoje é o dia 7 de setembro, dia da independência do Brasil. Parabéns para o escrete canarinho dentro e fora deste país continental que acolhe o estrangeiro com tanto carinho.

Agora se você estiver querendo fazer alguma coisa meio light hoje que vá te ajudar com seu inglês, tenho uma sugestão bem americana: www.voanews.com/specialenglish. Como você pode ver no resumo semanal que se segue, que você pode assinar no site, há temas para todos os gostos. A linguagem fica levemente simplificada mas não tem nada de anormal. A seleção cuidadosa do vocabulário significa que se você acessar regularmente, em pouco tempo você vai dominar as palavras mais úteis da língua, o que por sua vez vai melhorar suas habilidades de falar, entender, ler e escrever. Provavelmente você nem vá precisar, mas tem como diminuir a velocidade da fala entrando nos aprimoramentos do Windows Media Player.

Você pode começar ouvindo o artigo, de preferência várias vezes, sem olhar o texto.Vai ver que sua compreensão melhora um pouco de cada vez. Depois, leia o texto, tentando adivinhar as palavras que você não sabe por semelhança com português; por uma análise de raizes, sufixos, e prefixos; e por classe de palavra: se a palavra en questão é um verbo, substantivo, advérbio, etc. Se nada disso der certo, clique na palavra desconhecida para acessar uma definição do famoso dicionário Merriam-Webster. Para familiarizar-se com as diferenças entre o inglês falado e escrito, ouça e leia conjuntamente várias vezes. Agora você está pronto a voltar ao primeiro passo, ouvir sem ler, mas vai ver que agora entende tudo ou quase tudo.

Na minha experiência, os relativamente poucos alunos que fizeram isso todo dia progrediram tremendamente e ao fim de poucos meses estavam procurando alguma coisa mais desafiante para ouvir: um final feliz.

Aqui está o resumo da semana da Special English para mostrar o que este site tem para oferecer:

Today from VOANews.com
Ten Years After September 11 Attacks, How Life Has Changed
How a Manhattan neighborhood, Iraqi children and America's sense of security have changed since 2001 attacks THIS IS AMERICA


Seeking Cleaner and Greener Electronics
Information and communications technology has added to pollution, but is also seen as a way to reduce it TECHNOLOGY REPORT


Steve Jobs Steps Down with Apple on Top
Jobs helped build Apple into the world's most valuable technology company ECONOMICS REPORT


So You Want To Be A Doctor? Medical Studies and Hospital Training Are Hard Work
A look at medical training in the United States SCIENCE IN THE NEWS


Grow It Yourself: Turning Bulbs Into Beautiful Blooms
There's a way to trick tulips and other flowers into growing even in places where the ground never freezes AGRICULTURE REPORT


Words and Their Stories: Swan Song
Terms that describe final events WORDS AND THEIR STORIES


Katharine Hepburn, 1907-2003: An Independent and Intelligent Actress
Her energetic spirit, hard work and beauty made her an unforgettable star PEOPLE IN AMERICA


Hurricane Irene Hits Northeastern United States
The storm is blamed for at least 45 deaths and seven billion dollars in damage IN THE NEWS


Americans and their Pampered Pets
Plus, a listener question about tennis. And music by Malaysian singer Zee Avi AMERICAN MOSAIC


American Music Students in Kenya
A Summer to Teach, Perform and Learn EDUCATION REPORT


American History: The Election of 1952
The presidential candidates were Dwight Eisenhower and Adlai Stevenson MAKING OF A NATION


Bat Populations Are Important for Agriculture and the Environment
Also, a report on a “Cod Academy” to train fishers in Maine EXPLORATIONS


Trying a New Way to Stop Dengue
Scientists say infecting mosquitoes with a common bacteria can block the growth of the virus HEALTH REPORT

www.voanews.com/specialenglish. Acesse já!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Divided by a Common Language?

Versão em português: http://georgeroberts.blogspot.com/2011/09/ingles-vs-americana.html.

An excellent podcast featuring a British journalist living in the U.S. and an American college professor who teaches theoretical linguistics at a British university. Married to an Englishman, she pays close attention to the differences between the dialects and notices that her accent has been changing over the years.

Because this podcast opens in Windows Media Player, you can slow it down. Just click on settings. Below, you can adjust the speed from 0.5 (very slow: the speaker seems to be drunk) to 2 (for masochists - very fast).

Here's the link to the podcast:
http://www.theworld.org/rss/twiw.xml.

Her blog is fascinating:
http://separatedbyacommonlanguage.blogspot.com/

Inglês vs. americana

You can find the English version of this post here: http://georgeroberts.blogspot.com/2011/09/ingles-vs-americana.html.


Um excelente podcast entre um britânico morando nos Estados Unidos e uma professora universitária americana que leciona linguística numa universidade britânica. Casada com um inglês, ela presta muita atenção às diferenças entre os dialetos e observa que o inglês dela vai mudando enquanto ela mora no Reino Unido.

Como este podcast abre em Windows Media Player, você pode variar a velocidade de execução para facilitar sua compreensão. É só entrar em aprimoramentos e escolher configurações de velocidade. Lá em baixo, você pode ajustar a velocidade de 0.5 (bem devagar, parece que a pessoa está bêbada) e 2 (para masoquistas - rapidíssimo).

Aqui está o link:
http://www.theworld.org/rss/twiw.xml

O blog dela é fascinante:
http://separatedbyacommonlanguage.blogspot.com/

Happy Labor Day - American Style

Versão em português: http://georgeroberts.blogspot.com/2011/09/dia-do-trabalho-americana.html.

Many people might find it a little strange that Labor Day in the United States is not the first of May, which is celebrated as International Labor Day around the world, but is rather the first Monday in September. They might find it even more surprising that the event giving rise to International Labor Day, the Haymarket Massacre, happened in Chicago on May, 1, 1886. Why don't Americans celebrate this date along with the rest of the world?

According to Wikipedia,

Following the deaths of a number of workers at the hands of the U.S. military and U.S. Marshals during the Pullman Strike, President Grover Cleveland reconciled with the labor movement. Fearing further conflict, legislation making Labor Day a national holiday was rushed through Congress unanimously and signed into law a mere six days after the end of the strike.[4] The September date originally chosen by the CLU of New York and observed by many of the nation's trade unions for the past several years was selected rather than the more widespread International Workers' Day because Cleveland was concerned that observance of the latter would be associated with the nascent Communist, Syndicalist and Anarchist movements that, though distinct from one another, had rallied to commemorate the Haymarket Affair on International Workers' Day.[5] All U.S. states, the District of Columbia, and the territories have made it a statutory holiday.




More than a workers' holday, Labor Day marks the end of summer. It's the end of the long school holidays, perhaps the last barbecue of the season or possibly that one last weekend at the beach. Unlike Brazil, the United States begins its school year in September. This holiday, like several other American holidays, always falls on a Monday, so Labor Day Weekend is always a long weekend. Moveable holidays are very practical!

And how about celebrations? In 2011, American labor has very little to cheer abou. Labor unions are weaker than ever. The unemployment rate, including the long-term unemployed, temporary and part-time workers who want a full-time job but can't find one and "discouraged" workers who look for a job for a while and give up, is actually around 23% according to economist Dr. Paul Craig Roberts
http://www.prisonplanet.com/labor-day-should-be-renamed-corporation-day-or-war-day.html. For a lot of people these days, "Happy Labor Day!" seems like a sick joke.